Agricultores desesperam com falta de chuva. “A situação é alarmante”

Os dias são de sol e de muito frio. O mês de janeiro está a terminar e chuva nem vê-la. No baixo Alentejo, os agricultores começam a desesperar face ao cenário que a falta de chuva está a provocar, com graves consequências para as produções agrícola e pecuária.

Jacinto Mestre deita-se e levanta-se a pensar como vai dar de comer aos seus animais. É produtor de borregos em Castro Verde, no distrito de Beja.

“É uma situação muito preocupante. Acabou-se a palha, já não tenho para dar ao gado e as rações estão muito caras. Posso dizer-lhe que em cada semana que vou à farinha encontro sempre um preço diferente e cada vez mais alto”, lamenta o produtor, em declarações à Renascença.

Em relação à água, diz: “Ainda vamos tendo os poços, além de que o gado agora bebe pouco, mas a erva é cada vez menos, pois não chove.”

Estes têm sido dias de algum desassossego, ainda que Jacinto Mestre se considere “um resiliente”.

“Os meses de água já passaram. Novembro é, para nós, o mês mais importante. Em dezembro, chove, às vezes, qualquer coisa, mas, este ano, pouca ou nenhuma… E já estamos no fim de janeiro e não há perspetivas de chuva, o que é muito preocupante”, confessa.

Com quase 400 ovinos, a palha armazenada há muito que se esgotou. Aos 61 anos, o produtor alentejano dá voltas à cabeça para encontrar soluções que permitam alimentar os animais sem colocar em risco o negócio que herdou da família.

Fundou a sua casa agrícola em 1983 e, desde então, tem tido “bons e maus […]

Continue a ler este artigo no Rádio Renascença.


Publicado

em

, ,

por

Etiquetas: