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– 30-04-2014 |
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Agricultores têm até hoje para se inscreverem nas Finanças
Termina hoje, após quatro adiamentos, o prazo dado aos agricultores para se inscreverem nas Finanças, ficando dispensados da entrega da declaração de IRS e da inscrição na Segurança Social os que ganham menos de 1.670 euros/ano. As novas obrigações fiscais obrigam todos os agricultores com actividade comercial a entregar nas Finanças uma declaração de início ou alterações de actividade, estando isentos de IVA os que têm um volume de negócios anual inferior a 10 mil euros. As medidas, resultantes de um trabalho conjunto com os ministérios das Finanças e da Segurança Social, foram duramente criticadas pelas associações de agricultores e pelos grupos parlamentares da oposição, que alertaram para a excessiva burocracia. O prazo para o cumprimento destas obrigações foi sendo sucessivamente prorrogado e a ministra da Agricultura, Assunção Cristas, viu-se obrigada a "tranquilizar" o sector, anunciando, em Fevereiro, que os agricultores com rendimentos inferiores a 1.670 euros anuais ficariam isentos de inscrição na Segurança Social e dispensados da entrega da declaração de IRS. O novo regime de IVA tem sido justificado pelo Governo com um acórdão do Tribunal de Justiça da União Europeia que «julgou o regime de isenção de IVA aplicável aos pequenos agricultores portugueses contrário ao disposto na Directiva do IVA», pelo que foi substituído pelo regime geral de IVA aplicável a todos os agentes económicos. Questionada sobre a demora em adoptar as medidas de simplificação que já tinham sido exigidas pelas associações de agricultores e alguns grupos parlamentares, a ministra argumentou que houve necessidade de acompanhar o processo no terreno e sensibilizar o ministério das Finanças. «Foi preciso que explicássemos e demonstrássemos que uma alteração aparentemente inócua, que era simplesmente adaptarmo-nos a uma directiva europeia, (…) poderia produzir efeitos nefastos na agricultura de pequena escala», justificou, acrescentando que «há um ano atrás não era claro que isto podia levar a uma preocupação tão grande e angústias para os agricultores». A 31 de Janeiro, o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Paulo Núncio, justificava o quarto adiamento com a necessidade de conceder um prazo adicional para que todos os agricultores pudessem entregar as respectivas declarações e candidatar-se às ajudas da Política Agrícola Comum PAC), já que o período de apresentação das candidaturas decorre entre 1 de Fevereiro e 30 de Abril. Fonte: Lusa
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