Agricultura 4.0. Nova gama de bioestimulantes chega a Portugal em 2022

A FAO estima que a população mundial deve atingir as nove mil milhões de pessoas em 2050. É possível alimentar tanta gente sem destruir o planeta? Os investigadores acreditam que sim, mas é necessário mudar comportamentos, adotar boas práticas e encontrar soluções sustentáveis perante ameaças como as mudanças climáticas. A Renascença visitou o Centro Mundial de Inovação, em Saint Malo (França), onde estas e outras preocupações ocupam as largas dezenas de especialistas de todo o mundo.

Filha de portugueses, Jéssica da Costa nasceu na Venezuela há 33 anos. O pai foi presidente do Instituto Português de Cultura na Venezuela, e Jéssica cresceu com Portugal no coração, país que a acolheu entre os 9 e os 11 anos, tendo estudado no Liceu Francês de Lisboa.

Educada e formada para ser “cidadã do mundo”, estudou Engenharia Agrónoma em Portugal e em França, onde concluiu um MBA (Master of Business Administration) em Administração de Empresas, numa modalidade que a levou aos campos de vários países da Europa.

Em início de carreira e com a ambição de complementar a sua formação com mais conhecimento, ao serviço de uma empresa da área, começou por entrar no universo das sementes para o mercado de África, o que a levou a países como o Togo, o Benim, Burkina Faso, Costa do Marfim, Gabão, Sudão ou Quénia.

“Adorei que essa fosse a minha primeira experiência profissional, para abrir os olhos e ter a humildade necessária para perceber o que acontece no mundo, ao nosso redor.”

Nessa altura, “a ideia era perceber as necessidades dos agricultores em África e responder a essas necessidades do ponto de vista das sementes”, recorda Jéssica da Costa que, ao procurar satisfazer uma curiosidade intrínseca, viria a desenvolver competências na área dos fertilizantes.

Já em Paris, a trabalhar nos fertilizantes para o mercado francês, a engenheira agrónoma foi convidada a trabalhar na TIMAC Agro, uma multinacional francesa, pertencente ao grupo Roullier, que desenvolve e comercializa fertilizantes de alta tecnologia para a agricultura.

Um desafio que aceitou sem hesitar, sendo há seis meses e meio, responsável na empresa pelo desenvolvimento de produtos e mercados, na área da nutrição de plantas.

Mudou-se para Saint Malo (França), sede da multinacional, onde foi criado o CMI – Centre Mondial de L’Innovation Roullier (Centro Mundial de Inovação Roullier), e onde se concentram os projetos de inovação e desenvolvimento nos domínios das nutrições animal e vegetal.

“No dia-a-dia lidero uma equipa de sete pessoas, em que o nosso trabalho passa por responder às diferentes necessidades, das diferentes filiais, no que diz respeito à nutrição vegetal”, explica-nos a responsável.

“Por exemplo, uma filial está a lançar ou tem uma ideia sobre um produto, então, nós vamos tentar responder a essa necessidade específica. Por vezes, temos a solução de forma rápida, outras vezes é necessário iniciar um processo de investigação, aqui no CMI, o que pode demorar vários anos, mas sempre com a finalidade de irmos ao encontro das necessidades do cliente”, refere.

“2050 é já amanhã”

Um trabalho absolutamente fundamental, numa altura em que são hercúleos, os desafios que se colocam à agricultura. A Organização para a Alimentação e Agricultura (FAO), agência […]

Continue a ler este artigo na Rádio Renascença.


por

Etiquetas: