Em política, muitas vezes, o que parece, é. E o que parece – perdoem-me a franqueza – é que o governo se está nas tintas para a agricultura e para o mundo rural. A substituição de Capoulas Santos – um político experiente, conhecedor dos dossiês e dos meandros da burocracia comunitária – na véspera da presidência portuguesa da União Europeia e da negociação de uma nova PAC, foi o momento a partir do qual o barco da agricultura perdeu o leme e começou a andar à deriva.
Sem peso político real, sem noção das especificidades do setor, sem conhecimento nem compreensão do funcionamento do ministério e sem entendimento dos mais básicos fundamentos da Política Agrícola Comum, Maria do Céu Antunes foi um erro logo na sua escolha.
Um erro de casting que persiste em funções, com prejuízo para o setor e para o país. Não está em causa a pessoa, está em causa o seu perfil para as funções que ocupa. A ministra tem sido, sistemática e reiteradamente, incapaz de estar à altura dos desafios que o setor enfrenta e das necessidades que tem para ser competitivo e crescer. O setor agrícola e o mundo rural precisam de alguém que, na condução política da pasta, corresponda à ambição do setor e ao seu potencial de crescimento.
O que temos hoje, contudo, é a Dona […]