Agricultura em stress. Seca ameaça a viticultura, fruticultura, cereais e pecuária

Com perto de metade do território continental em seca severa e extrema, a agricultura e a pecuária estão em risco. Podemos ter “um problema muito sério”.

A exploração pecuária e agrícola – oliveiras, amendoeiras e romãzeiras – que José Maria Falcão detém em Monforte, entre Estremoz e Portalegre, “pode entrar na bancarrota” se não chover nos próximos dias. Resta-lhe “7% de água”, tem “mais de 100 hectares [de um total de 500] em risco de morrer”, as searas estão “semi-perdidas”, conta “600 vacas em extrema dificuldade” devido à ausência de pastagens e os 21 postos de trabalho permanentes que assegura e os mais 15 a 20 eventuais estão “em risco”.

A exploração pecuária e agrícola – oliveiras, amendoeiras e romãzeiras – que José Maria Falcão detém em Monforte, entre Estremoz e Portalegre, “pode entrar na bancarrota” se não chover nos próximos dias. Resta-lhe “7% de água”, tem “mais de 100 hectares [de um total de 500] em risco de morrer”, as searas estão “semi-perdidas”, conta “600 vacas em extrema dificuldade” devido à ausência de pastagens e os 21 postos de trabalho permanentes que assegura e os mais 15 a 20 eventuais estão “em risco”.

Na última terça-feira aconteceu o pior: o empresário ficou sem água na própria habitação. “Eu moro dentro da exploração agrícola e o poço deixou de puxar água”. “Nunca tal aconteceu”, conta ao PÚBLICO. Está “sem água para consumo doméstico”, não tem ligação à rede pública de abastecimento, pelo que se viu na iminência de “chamar os bombeiros” para se abastecer.

O também presidente da Associação de Produtores Agrícolas de Precisão (APAP), que agrega 120 empresas “da região alargada de Elvas de Abrantes até Beja”, traça um cenário preocupante. “Os cereais de Outono-Inverno estão quase todos perdidos” e os que restam, “sem chuva, perdem todo o potencial”. As pastagens, por sua vez, sem pluviosidade “entram em fim de ciclo”, mesmo que possam regenerar mais adiante. Já no amendoal, para cuja cultura o Instituto Nacional de Estatística (INE) até tinha previsto uma produção na ordem das “38 mil toneladas (a mais elevada dos últimos 24 anos)”, a situação é crítica. É que “92% das amendoeiras, em caso de zero água, morrem”, diz o empresário, baseando-se num estudo recente (2020) da Universidade de […]

Continue a ler este artigo no Público.


Publicado

em

, , ,

por

Etiquetas: