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– 12-08-2013 |
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COMUNICADO Agricultura faz baixar taxa de desemprego?A AJAP – Associa��o dos Jovens Agricultores de Portugal, no seguimento das estatésticas tornadas públicas, que apontam para uma redu��o do desemprego e referem a actividade agr�cola como a mais respons�vel por este indicador positivo para o Pa�s, entende fundamental que sejam prestados alguns esclarecimentos que fundamentam os n�meros apresentados, nomeadamente: 1. Questáo da sazonalidade de algumas tarefas agr�colas, sendo esta a altura das colheitas, necessita de bastante m�o-de-obra. Este facto torna-se este ano significativo porque muita dessa m�o-de-obra � nacional. 2. O surgimento de algumas centenas de Jovens Agricultores que iniciaram actividade, seguramente Também contribu�ram para os n�meros estatésticos apresentados. 3. In�cio de actividade de in�meros pequenos agricultores, devido �s recentes altera��es fiscais, verificados na presente campanha de candidaturas aos subsídios agr�colas. Na nossa perspectiva, o somatério dos n�meros que cada uma destas componentes representa, justifica em boa parte os n�meros avan�ados pelas Estatésticas oficiais. são efectivamente n�meros importantes para o sector, mas não deixam de ser algo preocupantes. As nossas preocupa��es assentam na import�ncia que será dada no futuro ao sector, depois da crise, será que serviu apenas para a atenuar, para desviar aten��es com apoios a Jovens Agricultores�? Os pol�ticos acabaram por falhar no compromisso de "salva��o nacional", nada temos com isso, mas a actividade agr�cola precisa de compromissos de estabilidade, porque não pode, de �nimo leve, alterar op��o tomadas, nem deslocalizar-se como o fazem outras actividades e de igual forma não pode perpetuar-se ao sabor dos interesses das grandes superf�cies, nem t�o pouco de "modas" pol�ticas. Ser� que de uma vez por todas, com esta crise, os pol�ticos ainda não perceberam isto? Sendo certo que perceberam, esperamos que no futuro não esque�am esta actividade, numa fase em que come�amos a ter alguns indicadores de mudan�a positivos. O surgimento no futuro de medidas menos pensadas, demasiado economicistas, excessivamente penalizadoras em termos fiscais, sem ouvir os seus intervenientes, seguramente a arrastar� para patamares de dif�cil recupera��o. Hoje � "futuro", e se cada Jovem Agricultor que se instale, não se sentir apoiado e acompanhado por pol�ticas, por pr�ticas e procedimentos e se infelizmente as coisas não lhe correrem bem, desaparece, arrasta outros com ele e semeia o descr�dito. não nos podemos contentar com n�meros que apenas serviram para estatésticas, Portugal tem de assumir compromissos com todos aqueles que optaram pela agricultura. Os atuais agricultores mais idosos tendem a abandonar a actividade j� de si pouco produtiva, mas crucial em tantas regi�es do Pa�s, e afastam descendentes a permanecer se não se sentirem confortados com medidas de apoio a este tipo de agricultura familiar. As empresas agr�colas mais competitivas t�m de sentir no seu dia-a-dia que esta actividade � crucial para o Pa�s, e muitas vezes essa constata��o reflecte-se nos pre�os dos factores de produ��o, da electricidade e no pre�o a que vendem as suas produ��es, quando comparam com os demais parceiros europeus. Os n�meros que todos esperamos um dia, verdadeiramente realistas para a actividade, são aqueles assentes no rejuvenescimento constante, são aqueles que reflictam aumentos de produtividade e auto-sufici�ncia alimentar, aqueles em que as exporta��es regulares fa�am baixar as importa��es, aqueles em que os pequenos e m�dios agricultores se sintam motivados Também pela contribui��o do aumento da produtividade do Pa�s. Para além dos n�meros, o espaço rural portugu�s tem de reflectir a mudan�a de paradigma t�o proclamada, necessitamos de restruturar as nossas florestas, necessitamos de dar vida �s vilas e aldeias de Portugal, pelo turismo, ca�a, pesca, pela preserva��o da natureza e dos recursos naturais e fundamentalmente pelo desenvolvimento de actividade agr�cola apostada na valoriza��o da qualidade dos seus produtos, pela transforma��o dos mesmos e acima de tudo que possam chegar aos mercados capazes de pagar o seu justo valor.
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