A AgroB Business School, Escola Profissional de Negócios do Grupo Espaço Visual, vai lançar um curso de Fitossanidade Agrícola, que tem como desígnio capacitar os profissionais agrícolas para a necessidade de uma utilização de produtos de base biotecnológica e para uma gestão de solos mais sustentável.
Este curso, uma parceria inovadora entre a INIAV (Ministério da Agricultura) e a AgroB Business School, irá contar com a participação de Investigadores e Técnicos Superiores do Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV, I.P.) com experiência relevante em projetos, desenvolvimento e investigação na área da fitossanidade e inovação agrícola.
O período de candidaturas decorre até 24 de julho de 2023, visando esta especialização avançada dotar os participantes de conhecimentos científicos e competências técnicas específicas, para atuarem em cargos orientados à fitossanidade vegetal em organizações privadas de caráter internacional, nacional e regional, tais como, explorações agrícolas, empresas de consultoria, comercialização de produtos fitofarmacêuticos, cooperativas agrícolas ou organizações de produtores, empresas de investigação e inovação agrícola e acompanhamento técnico na administração central, regional e local.
Na agricultura, a utilização de produtos fitofarmacêuticos contribui para a poluição do solo, da água e do ar e para a perda de biodiversidade. De acordo com dados divulgados pela Comissão Europeia, na Europa, uma em cada dez espécies de abelhas e de borboletas está em vias de extinção e um terço está em declínio. Tendo presente esta realidade, a Comissão Europeia estabeleceu na estratégia do “Prado ao Prato” a meta de reduzir a utilização global e o risco dos produtos fitofarmacêuticos em 50%, além da utilização dos produtos fitofarmacêuticos mais perigosos em 50% até 2030.
As alterações climáticas, o uso dos produtos fitofarmacêuticos e a resistência crescente dos agentes patogénicos, são uma tendência cada vez mais preocupante e significativa, ameaçando a rentabilidade das culturas agrícolas e os sistemas de produção agroalimentares sustentáveis. O desafio da sustentabilidade exige medidas para proteger melhor as plantas das pragas e doenças emergentes e requer inovação e conhecimento.
Para intervir neste processo e corresponder aos desafios impostos pela Comissão Europeia, é necessário promover conhecimento junto dos técnicos e produtores sobre biologia, sintomas, estragos/prejuízos dos inimigos das culturas, que permitam suportar a tomada de decisão, tendo em consideração a sustentabilidade dos ecossistemas e, em particular, a preservação dos recursos naturais e dos polinizadores e auxiliares.