Começámos os preparativos para esta edição da Agroglobal com a esperança que os dias 7, 8 e 9 de Setembro pudessem ser o reencontro físico do setor agrícola.
A esperança transformou-se na convicção que, com certificado digital ou teste covid ou mesmo sem restrições, a Agroglobal 2021 será uma realidade.
Houve bastante tempo para refletir sobre o que deveríamos fazer para sair da, ainda mais difícil, situação económica em que esta pandemia vai deixar o país.
Um sem número de estratégias foram apresentadas. Umas válidas e outras que, de antemão, sabemos que têm tudo para não resultar.
Mas o mais simples – é tão difícil fazer o simples – foi mais uma vez esquecido.
Olha-se para o PRR, para o PNI20-30 e o setor que mais poderia fazer para a construção de um país diferente – a agricultura – não consta em nada relevante, vá-se lá perceber porquê.
Nem um exemplo como o Alqueva foi suficiente para demonstrar que é essencial investir na água e no sol, os nossos mais importantes recursos naturais.
As pretensas preocupações com as alterações climáticas e transição energética também não nos mobilizaram para evitar o desperdício daqueles recursos.
As crescentes necessidades alimentares essas … outros resolverão.
Mas a fileira agrícola não vai baixar os braços, quer produzir mais e com mais valor acrescentado e por isso falará a uma só voz em Valada do Ribatejo! É importante e necessário.
Joaquim Pedro Torres