Água nas barragens volta a descer: Sudoeste Alentejano é o mais afetado

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Os agricultores da região têm investido em mecanismos de poupança, a custo próprio, na tentativa de armazenar água. Mas o futuro é incerto.

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A água armazenada nas barragens voltou a descer em setembro e o Sudoeste Alentejano mantém-se entre as regiões mais afetadas pela seca. Em Odemira e Aljezur, a próxima campanha de rega está garantida, mas os agricultores receiam voltar a cortar nas produções, se o inverno não trouxer a chuva de que precisam. 

A chuva do último inverno permitiu aliviar algumas das restrições impostas aos agricultores do Mira, no início deste ano. Mas, perante um outono ainda seco, e com a barragem de Santa Clara a rondar os 53%, regressa a preocupação de sempre: poupar. 

“Os anos excecionais, de muita chuva, que aconteciam antigamente, desapareceram”, afirma Miguel Prado, empresário agrícola.  

Rui Adão, também ele empresário agrícola, lidera uma das maiores explorações de hortícolas em Odemira, onde a falta de água obrigou a ajustes. Desde 2023, a área cultivada já sofreu uma redução de 15%. 

O futuro é incerto, mas os agricultores têm investido em mecanismos de poupança, a custo próprio, na tentativa de fazer mais com menos. 

“Estamos a tentar arranjar fontes alternativas de água”, aponta Miguel Prado. 

A quantidade de água armazenada nas barragens desceu em todo o país e o Sudoeste Alentejano está entre as regiões mais críticas. 

Há investimentos em curso para minimizar as perdas e, para já, também a garantia de que as próximas campanhas de rega no perímetro do Mira estão asseguradas até 2027.

Veja a reportagem na SIC Notícias.


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