Ministra da Agricultura deslocou-se ao Baixo Mondego para avaliar os estragos provocados.
A ministra da Agricultura deslocou-se, esta segunda-feira, a Montemor-o-Velho para avaliar os estragos provocados pelo cenário de mau tempo que assolou a região.
“É, de facto, preocupante aquilo que se passa aqui no rio Mondego. Hoje podemos estar mais tranquilos, nomeadamente, naquilo que diz respeito à Proteção Civil e ao trabalho todo que tem estado a ser feito, coordenado com Presidente da Câmara mas em estreita articulação com o Ministério da Administração Interna”, começou por afirmar.
“Aquilo que me trouxe aqui foi, em primeiro lugar, mostrar a nossa solidariedade com os agricultores aqui altamente prejudicados neste momento”, disse a ministra, acrescentando que encontrou os campos agrícolas do Baixo Mondego “completamente inundados” e que “continuarão durante muito tempo inundados”.
“Vamos esperar que sejam restabelecidas as condições para podermos fazer a avaliação dos estragos e perceber se a dimensão dos prejuízos justificarão o acionamento de mecanismos para fazer face à reposição imediata das condições normais de trabalho para estes agricultores”, resssalvou.
A ministra defendeu ainda que, em primeiro lugar, “é preciso fazer uma avaliação correta daquilo que vier a ser necessário fazer para repor a atividade agrícola”. Maria do Céu Albuquerque destacou que situações como esta “vão ser cada vez mais frequentes” uma vez que são “efeito claro das alterações climáticas”.
Questionada sobre se o Governo equaciona algum tipo de ajuda financeira para os prejuízos nos campos agrícolas, a ministra afirmou que “ainda é cedo para falarmos em ajuda financeira”. “Aquilo que viemos aqui fazer […] foi dar um abraço solidário aos agricultores que é fundamental. Estamos a aproximar-nos do Natal e temos de ser cada vez mais presentes na vida uns dos outros”, reiterou.
Com o calendário “que o escoamento da água vier a permitir”, vai ser realizado um levantamento “exaustivo” dos prejuízos para, “no caso de se justificar, se acionarem os mecanismos”. “Hoje ainda é cedo para falarmos sobre isso. Aquilo que encontramos aqui é a atividade agrícola parada”, garantiu.
“Até à data não nos foi feito chegar qualquer pedido de apoio”, concluiu.
Recorde-se que a Confederação Nacional da Agricultura (CNA) assegurou hoje que, na sequência das depressões Elsa e Fabien, foram registados “prejuízos sérios” nos pastos, que se refletem na alimentação animal, e exigiu um plano de emergência, criticando a “propaganda” do Governo.
Na quinta-feira, o Ministério da Agricultura garantiu, em comunicado, estar a acompanhar a evolução da depressão Elsa, sublinhando que os técnicos das Direções Regionais de Agricultura e Pescas (DRAP) estão “prontos a intervir” no levantamento dos prejuízos.
O artigo foi publicado originalmente em Notícias ao Minuto .