Em ajudas diretas do 1.º pilar na Política Agrícola Comum (PAC), o Alentejo tem recebido uma média anual de 355 milhões de euros. É mais do que todo o resto do território continental e uma “iniquidade”, diz Francisco Cordovil, investigador no Instituto de Investigação Agrária e Veterinária.
O apoio tem um valor historicamente determinado, diferente consoante o tipo de cultura e a área da exploração ou o número de animais. A dimensão do latifúndio alentejano e o valor alto pago pela carne de bovino ou tomate contribuem para que a região tenha a maior fatia das ajudas.
Entre os maiores beneficiários atuais estão produções como o leite, o tomate, o arroz ou as zonas de montanha. Até 2027, diz o Ministério da Agricultura, haverá um “processo de convergência, assumindo um pagamento uniforme por hectare”. Isto é, todos receberão valor igual, mediante a área que consta no parcelário.