Nos supermercados, encontramos hoje uma enorme variedade de arrozes: branco, integral, vaporizado, basmati, redondo e muitos outros. Este cereal versátil é indispensável na gastronomia de inúmeros países, oferecendo benefícios diversos e agradando diferentes preferências. No entanto, a qualidade do arroz que compramos merece atenção redobrada, sobretudo devido à presença de resíduos químicos que podem prejudicar a saúde.
Análise a diferentes arrozes no mercado
Em França, a associação 60 Millions de Consommateurs realizou um estudo que avaliou a qualidade de várias marcas de arroz disponíveis para venda. Os resultados, publicados pelo jornal La Provence, revelaram que algumas variedades, principalmente o arroz basmati não biológico, apresentavam níveis preocupantes de pesticidas.
Entre as 40 marcas analisadas, 15 continham resíduos de agrotóxicos, sendo que várias ultrapassavam os limites máximos estabelecidos pela regulamentação europeia. “Os testes permitiram verificar o cumprimento dos limites legais, destacando que uma parte significativa das amostras os excedeu”, aponta o relatório.
Arroz basmati com resultados preocupantes
O arroz basmati não biológico, importado sobretudo da Índia e do Paquistão, destacou-se como o mais contaminado. Segundo a organização, foram encontrados pesticidas frequentemente utilizados na agricultura destes países, levantando dúvidas sobre o impacto destes químicos na saúde pública e na segurança alimentar global.
Esta situação alerta para a importância de escolhas informadas, optando sempre que possível por arroz biológico ou de origem controlada, de modo a reduzir a exposição a substâncias nocivas, refere a mesma fonte.
Basmati, um arroz aromático especial
O arroz basmati é um tipo de arroz aromático típico do subcontinente indiano, sendo maioritariamente cultivado na Índia e no Paquistão. O termo “basmati” significa “fragrante” em hindi, sendo conhecido pelo aroma distinto que lembra frutos secos ou pipocas. Possui grãos longos e finos que, depois de cozinhados, se mantêm soltos, ao contrário de outras variedades que se colam.
É utilizado frequentemente em pratos como biryani e pilaf, onde a sua textura leve e sabor subtil sobressaem.
Benefícios nutricionais do basmati
Do ponto de vista nutricional, o arroz basmati apresenta algumas vantagens face ao arroz branco comum. O seu índice glicémico é mais baixo, sendo por isso uma opção interessante para pessoas que pretendem controlar os níveis de açúcar no sangue.
Existe também a versão integral (ou castanha), com maior teor de fibras e micronutrientes, que contribui para uma digestão mais lenta e prolonga a sensação de saciedade, segundo a fonte anteriormente citada. Naturalmente isento de glúten e pobre em gordura, adapta-se à maioria das dietas atuais.
Melhor forma de o cozinhar
Para cozinhar arroz basmati de forma adequada, recomenda-se lavá-lo várias vezes até a água sair transparente, removendo assim o excesso de amido. É também habitual deixá-lo de molho durante 20 a 30 minutos antes de o cozer, o que ajuda a melhorar a textura e reduz o tempo de confeção.
Segundo o blog Petitchef, a porção considerada ideal é de duas partes de água para uma de arroz, cozendo em lume brando com tampa até a água ser totalmente absorvida. O basmati, com o seu aroma exótico e textura elegante, continua a ser uma excelente escolha para refeições diárias ou ocasiões especiais.
A título de curiosidade, fique a saber que o arroz basmati amadurece antes de ser embalado. Este processo de envelhecimento pode durar até um ano, permitindo intensificar o seu aroma característico e garantir que os grãos ficam mais soltos após cozinhados.
Na Índia, o arroz basmati é considerado um símbolo de hospitalidade e é tradicionalmente servido a convidados de honra em cerimónias e casamentos.
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