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– 12-06-2014 |
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Alerta urgente pela convivência sustentável com o Lobo-ibérico – Plano de Acção Nacional exige-seO estado de conservação do lobo-ibérico em Portugal continua a degradar-se, assistindo-se à recorrente incapacidade das autoridades nacionais em aplicar medidas eficazes. Por isso é necessário desenvolver uma estratégia de conservação desta espécie ameaçada que assegure a sua convivência com as populações e actividades rurais. As organizações Ibéricas subscritoras deste comunicado, representativas de variados sectores da sociedade, exigem um Plano de Acção para a Conservação do Lobo-ibérico em Portugal, que concilie a salvaguarda desta espécie e das pessoas que com ela diariamente convivem, de forma integrada e participada. A recente morte por captura num laço ilegal de mais um exemplar de lobo-ibérico continua a revelar a passividade das entidades competentes, mesmo quando a população e caçadores locais alertam as autoridades para os continuados problemas de furtivismo sobre espécies silvestres. Face à falta de abordagens eficazes, ambiental e socialmente integradas, incluindo na adequada gestão dos prejuízos do lobo nos efectivos pecuários, torna-se urgente combater a situação insustentável e intolerável que afecta esta espécie protegida e as populações rurais que com ela convivem. As organizações subscritoras deste comunicado, representativas da sociedade civil e, em particular, do mundo rural, consideram indispensável a existência de um Plano de Acção Nacional para a Conservação do Lobo-ibérico, construído de forma integrada e participada, e conciliador da conservação desta espécie com as actividades rurais, nomeadamente a actividade pecuária e cinegética, garantindo assim o desenvolvimento ordenado e sustentável do território que abriga lobos e Homem. É urgente assegurar acções que compatibilizem a presença desta espécie com as actividades humanas, incluindo, por exemplo, o combate eficaz à perseguição ilegal, o apoio aos produtores pecuários para a correcta protecção dos seus animais face à predação do lobo, o correcto ordenamento das actividades e infra-estruturas humanas na área de ocorrência desta espécie, ou a valorização da presença do lobo no território como um indicador de qualidade ambiental. A aplicação de medidas avulsas, desarticuladas e, em última análise, ineficazes, não é solução para a conservação do lobo-ibérico e sua compatibilização com as actividades e desenvolvimento rurais. É essencial uma acção planeada e articulada com o envolvimento de todos os actores de interesse, única forma de conservar esta espécie e o meio que a sustenta. Exige-se assim às entidades públicas competentes que promovam um Plano de Acção Nacional e uma abordagem de envolvimento de toda a sociedade. As entidades subscritoras anunciam desde já total disponibilidade para colaborar nesse processo e assumem o compromisso de se reunirem para discutir o tema da conservação do lobo-ibérico, nas vertentes ambientais, sociais e económicas, promovendo simultaneamente o diálogo construtivo com as autoridades. Na expectativa de que mais organizações se juntem à discussão deste Plano de Acção Nacional, pretende-se avaliar formas de acção concertada e promover a elaboração de uma proposta participativa que salvaguarde os interesses das actividades humanas e do lobo, parte de um só mundo rural, património de todos nós e das gerações futuras. Lisboa, 11 de Junho de 2014 As organizações subscritoras: ALDEIA – Acção, Liberdade, Desenvolvimento, Educação, Investigação, Ambiente
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