Alteração da taxa de IVA na maquia do azeite em debate no CNEMA

abda4197 2726 4421 bff0 c3804208dbe6A Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) promove, no próximo dia 14 de outubro, às 14h30, no CNEMA, em Santarém, a sessão “Do Olival ao Azeite: Fiscalidade, Legalidade e Condições de Trabalho na Fileira Oleícola”, centrada nas recentes alterações fiscais que afetam o setor.

O encontro surge na sequência da publicação do Decreto-Lei n.º 33/2025, de 24 de março, que transpôs parcialmente a Diretiva (UE) 2022/542, alterando o enquadramento do IVA aplicável ao serviço de transformação de azeitona em azeite (a chamada “maquia”). Com esta mudança, o serviço deixa de beneficiar da taxa reduzida de 6% e passa a estar sujeito à taxa normal de 23%, o que representa um acréscimo significativo nos custos de transformação para os produtores.

Face a esta alteração, a CAP já solicitou ao Governo a revogação da medida ou a criação de um enquadramento legal alternativo que permita restabelecer a aplicação da taxa reduzida. “Esta mudança penaliza injustamente os pequenos e médios produtores, comprometendo a competitividade e a sustentabilidade económica da fileira oleícola”, refere a confederação em comunicado.

A sessão contará com a participação de Jorge Carrapiço, da Ordem dos Contabilistas Certificados (OCC), Rita Carvalheiro, da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), e Fábio Garcia, da própria CAP, que abordarão temas relacionados com fiscalidade, enquadramento legal e condições de trabalho no setor do azeite.
Durante o evento, será ainda apresentada uma intervenção sobre a Condicionalidade Social no âmbito da Política Agrícola Comum (PAC) aplicada à fileira oleícola.

A participação é gratuita, mas sujeita a inscrição prévia, através do formulário disponível aqui.

O artigo foi publicado originalmente em Rede Rural Nacional.


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