Álvaro Amaro dirigiu uma pergunta escrita à Comissão Europeia, subscrita pelos seus colegas eurodeputados do PSD, sobre as medidas para mitigar o efeito do aumento dos preços dos fatores de produção, do combustível e da eletricidade na produção agrícola da Europa.
Num contexto da atual crise energética “os agricultores necessitam de preços estáveis dos custos dos fatores de produção, para poderem calendarizar adequadamente o seu ano agrícola” – pode ler-se na pergunta formulada pelo PSD no Parlamento Europeu.
Os eurodeputados sociais-democratas alertaram para os perigos do efeito combinado da escalada dos preços dos fertilizantes e das rações, e o aumento do gasóleo agrícola e do valor a pagar pela eletricidade, resultante da atual crise energética e dos combustíveis. Para Álvaro Amaro, esta situação é ainda mais preocupante nos países do sul da Europa que dependem da eletricidade para desenvolver a agricultura de regadio.
Neste contexto de aumento dos custos dos fatores de produção e de uma possível redução da produção e aumento do preço do produto ao consumidor, os eurodeputados perguntaram à Comissão se tem previstas medidas para mitigar os efeitos deste aumento e se lançará medidas para garantir o abastecimento da cadeia alimentar a preços acessíveis.
A pergunta
Os agricultores necessitam de preços estáveis dos custos dos fatores de produção para poderem calendarizar adequadamente o seu ano agrícola. O rendimento dos produtores, em especial dos pequenos agricultores, está, tradicionalmente, perto do limiar da rentabilidade e qualquer flutuação, quer nos preços ao produtor, quer nos preços dos fatores de produção, poderá conduzir ao encerramento da atividade.
A atual crise energética e dos combustíveis, aliada à escalada do preço dos fertilizantes e das rações, resulta no aumento do gasóleo agrícola e do valor a pagar pela eletricidade. Esta situação é tanto mais preocupante em países do sul da Europa, que dependem da eletricidade para desenvolver a agricultura de regadio.
Em Portugal, muitos viticultores equacionam abandonar as vinhas no Alto Douro e, no Alentejo, os agricultores receiam semear, estimando um aumento dos custos de sementeira entre 30 a 50% face a 2020.
Nesse sentido, perguntamos à Comissão:
- Se tem previsto lançar algumas medidas para mitigar os efeitos desta escalada de preços?
- Que outras medidas poderão ser tomadas para garantir o abastecimento da cadeia alimentar a preços acessíveis, caso se verifique uma diminuição acentuada da produção devido ao aumento do custo dos fatores de produção?
Comunicado enviado pelo Eurodeputado Álvaro Amaro.