Análise dos sites dos agrupamentos gestores de produtos tradicionais com denominação protegida – Celso Guedes de Carvalho

O ponto de partida para a selecção dos agrupamentos de produtores seleccionados foi o estudo do IDRHa sobre Produtos Tradicionais com nomes protegidos – Apresentação e Análise de Dados sobre Produção, Preços e Comercialização – 2004,Documento em formato PDF Março 2006. Através da análise dos dados deste estudo foi possível aferir quais são os agrupamentos de produtores gestores dos nomes protegidos.

Para aferir a presença na Internet da totalidade da população em estudo, ou seja, 64 agrupamentos existentes (que representam 114 produtos tradicionais com nomes protegidos – DOP, IGP, ETG, DO, IG), foram utilizados, numa primeira fase, os motores de busca Google e Sapo e numa segunda fase o contacto telefónico.

De entre os dois motores de busca utilizados o que se revelou mais eficaz foi o Google. Desta primeira pesquisa conclui-se que é indispensável a inclusão de algumas palavras-chave no desenvolvimento dos sites e o registo nos respectivos portais. Como resultado da não aplicação destas técnicas a procura dos sites dos agrupamentos através dos motores de busca só é satisfatória quando apuramos os critérios de pesquisa. Ou seja, quando colocamos o endereço dos sites ou sigla das entidades.

Chegamos a assim à incrível conclusão de que apenas 9 agrupamentos gestores cumprem os dois principais critérios: tem sites próprios e estão disponíveis on line. São assim este (apenas) o objecto de análise deste estudo:

– www.apabi.pt
– www.aratm.pt
– www.arcolsa.pt
– www.carnalentejana.pt
– www.coopcovadabeira.pt
– www.lousamel.com
– www.mutua-de-basto.pt
– www.perarocha.pt
– www.uniprofrutal.pt

Quanto aos critérios de análise, optou-se por agrupar em quatro grandes grupos: acessibilidade, navegabilidade, conteúdos e serviços disponíveis on-line.

No que diz respeito à descrição dos produtos e ao modo como acedemos a esta informação não há grandes falhas a referir, embora nalguns casos a informação tenha sido melhor explorada do que noutros. Destacamos a este propósito os sites carnalentejana.pt e uniprofrutal.pt

A informação sobre as denominações é globalmente satisfatória na totalidade da análise.

Apenas uma pequena percentagem disponibiliza on line as acções de comunicação (publicidade) que tem desenvolvido. A falta de informações on line sobre as acções de comunicação reflecte eventualmente o baixo investimento na promoção deste tipo de produtos.

Globalmente não existe a preocupação em promover novas visitas ao site o que poderia ser por exemplo colmatado através de newsletter ou de colocação de receitas culinárias periódicas

Para além de outras questões obvias que dispensam uma análise mais apurada, note-se que nenhum site permite a realização de compras on-line.

Nesta análise destacaram-se como pontos fortes a descrição do produto (sendo por vezes até demasiada exaustiva) e a disponibilização de contactos de produtores. Como pontos fracos a falta de actualização dos conteúdos e um baixo nível de interactividade com o utilizador.

A fraca adesão deste sector às novas tecnologias e pouca percepção das potencialidades por ela oferecidas são as principais conclusões a retirar deste estudo.

Celso Guedes de Carvalho
Senior Partner Marketing Agro-Alimentar

Produtores e Distribuição – o equilíbrio de poderes – Celso Guedes de Carvalho


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