O estatuto dos sapadores bombeiros florestais, que trabalham na prevenção e combate a incêndios rurais, foi um dos assuntos em debate numa reunião que decorreu hoje de manhã entre o secretário de Estado da Conservação da Natureza e Florestas, João Paulo Catarino, e os dirigentes da ANBP e da Associação Nacional de Sapadores Florestais.
“Fomos falar com o secretário de Estado sobre a criação de um estatuto para os profissionais dos bombeiros sapadores florestais, que deviam ter um estatuto semelhante ao dos bombeiros sapadores, até porque são também bombeiros sapadores. Não há bombeiros sapadores de segunda, nem de terceira, mas há sapadores bombeiros com uma carreira única”, disse à Lusa o presidente da ANBP, Fernando Curto, no final da reunião.
Fernando Curto considerou que os bombeiros sapadores florestais “nunca tiveram um estatuto”, sendo por isso necessário “clarificar esta situação”, uma vez que deve existir uma carreira estruturada.
“Os sapadores florestais vão para o teatro de operações, os postos não são iguais aos bombeiros sapadores, o enquadramento deles num incêndio é complicado porque nós [bombeiros sapadores] não temos chefe de equipa”, disse, precisando que os bombeiros sapadores florestais “devem ter os mesmos postos e a mesma progressão na carreira do que os bombeiros sapadores”.
O responsável afirmou que o secretário de Estado sugeriu um acordo coletivo de trabalho e que, para tal, a ANBP devia reunir com as federações das florestas para trabalharem em conjunto.
Fernando Curto disse que um acordo coletivo de trabalho permitiria a regularização mais fácil da carreira.
Na reunião foram debatidos outros temas de “grande importância para o setor”, nomeadamente a necessidade de reforçar o efetivo de bombeiros sapadores florestais, disse.
Segundo Fernando Curto, atualmente existem mais de uma centena de bombeiros sapadores florestais do ICNF, além dos privados.
O presidente da ANBP afirmou ainda que o secretário de Estado avançou que vai aumentar substancialmente o efetivo.
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