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– 14-05-2014 |
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Associação Nacional de Empresas Florestais, Agrícolas e do Ambiente ANEFA questiona medida do governo para limpeza da florestaA nossa floresta precisa de gente qualificada e não de acções mediáticas Após o anúncio de ontem, dando conta do protocolo assinado pelo Governo para a limpeza de florestas recorrendo a desempregados e a beneficiários do subsídio de reinserção social, a ANEFA não poderia de deixar de manifestar a sua preocupação por mais esta acção mediática que em muito pouco beneficiará a floresta. Sendo a ANEFA a única associação que representa os que fazem floresta, na verdadeira acepção da palavra, desde o projeto, ao viveirista, ao preparador de terreno, plantador e à exploração florestal, é com alguma apreensão que voltamos a olhar para esta questão, anteriormente tão debatida. A ANEFA não considera impróprio o trabalho comunitário, que envolva a sociedade nos problemas da nossa floresta, pois sendo esta um bem comum, é por todos desejável que esta seja valorizada e preservada. No entanto, as acções de limpeza florestal requerem meios e equipamentos específicos, e formação adequada e exigida por lei, que está deste modo a ser subvalorizada. Resta saber se estas equipas vão ser acompanhadas e por quem, e quanto dinheiro se gastará a equipa-las com o EPI´s necessários Não é a primeira vez que este Governo tenta fazer parecer que qualquer pessoa pode trabalhar no sector florestal, o que demonstra alguma falta de consideração por quem nele labora. Se a floresta é um dos maiores sectores exportadores do nosso país, é porque há empresas com pessoas especializadas e com formação académica para o fazer, e que utilizam as tecnologias mais recentes que existem por todo o mundo. Ainda sobre o anúncio ontem avançado, que refere que três ministros assinaram um protocolo que dá emprego de curta duração a mais de duas mil pessoas, o chamado Trabalho Social pelas florestas que permite acelerar o regresso dos desempregados ao mercado de trabalho, a Direcção da ANEFA considera que este revela um desconhecimento profundo do sector florestal, pretendendo saber que estruturas vão depois absorver estes dois mil novos trabalhadores e em que condições. A ANEFA questiona ainda onde e com que regras será efectuado este trabalho, uma vez que este não deve entrar em concorrência com as empresas especializadas neste sector. Não podemos esquecer que as PME`s do sector florestal são responsáveis pela criação de postos de trabalho no mundo rural, colmatando o êxodo das populações, pela consolidação de investimento duradouro e pela geração e perduração de riqueza privada, sendo esse um factor preponderante para a economia portuguesa. Parece-nos ainda estranho que as empresas há muito que não tenham este tipo de trabalho, por falta de capacidade de investimento, se vejam agora ultrapassadas por um protocolo assinado, envolvendo pessoal não especializado. Será que vamos depois enviar o pessoal especializado para o desemprego??!!! Seria legítimo questionarmos como se sentiria a classe política se agora, enquanto contribuintes, substituíssemos os governantes pelos desempregados, na óptica de acelerar o seu regresso ao mercado de trabalho já o nosso Primeiro-ministro dizia que o desemprego pode ser visto como uma nova oportunidade para mudar de vida Todos os esforços em prol do sector florestal são válidos, mas de facto a nossa floresta precisa de gente qualificada e não de acções mediáticas.
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