Angola.País de terra vermelha, tórrida e fértil. Lugar dos pores-do-sol mais ímpares e deslumbrantes que a mãe natureza nos oferece. Terra de tempestades frequentes, torrenciais, de chuvas com pingas grossas, quentes, intensas, que caem quase sem aviso e nos deliciam os sentidos, mas que, em simultâneo, alagam ruas, quelhos, casebres, barracas, plantações e tudo à volta, tornando o trânsito caótico e a vida dos habitantes uma aventura.
Angola realizou eleições gerais a 23 deagosto e José Eduardo dos Santos terminaum ‘reinado’ que durava desde 1979.
João Lourenço será o novo Presidenteda República. Arrisco dizer que, depoisdisto, e encetado um extenso programa
de reformas, que seguramente terá continuidadecom o novo Executivo, (praticamente) todos, à escala internacional,
assumem hoje uma pontinha de esperançano futuro do país.
Falamos de um território pleno de tantos e tamanhos recursos naturais, mas que continuamos a ver tão desaproveitados e cuja riqueza, por variadas razões(políticas, administrativas, económicas eoutras), não chega há décadas à generalidade da população, gerando fortes assimetrias e amplas desigualdades sociais.
Quero acreditar que a nova realidade política saída das eleições seja capaz de gerar consensos, mudanças, novas oportunidadesde trabalho, de alimento, água potável, acesso real à saúde e à educação,à habitação condigna, à salubridade,a transportes seguros, a uma rede viáriae ferroviária eficaz, à ética e à transparência.
Se assim for, abrir-se-ão também novasportas para as empresas portuguesasque lá operam ou que para lá exportam
ou exportaram (9438 em 2014 e apenas 5523 em 2016) e que têm a legítima esperança de lá continuar a fazer negócio.
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