Anipla desafia portugueses a “Considerar os Factos”

[Fonte: Anipla]

A Associação Nacional para a Protecção das Plantas apresenta a campanha nacional para a promoção do conhecimento da população portuguesa em torno da realidade agrícola, dos seus desafios actuais e futuros, e do fulcral papel da ciência e da tecnologia ao serviço da protecção dos recursos naturais.

A ANIPLA apresenta a campanha “Considere os Factos”. Uma iniciativa da Associação Nacional para a Protecção das Plantas, com o apoio da Associação Europeia de Protecção das Plantas (ECPA), e ainda a colaboração de diversas associações de produtores portuguesas.

A campanha pretende informar a população portuguesa para os temas da agricultura e alertar para os desafios inerentes ao sector, através da apresentação de factos relacionados com a agricultura e a protecção das culturas. Recorrendo a imagens e gráficos exemplificativos, a associação pretende promover a reflexão pública. É ainda apresentada a plataforma fitosíntese.pt – uma página na Internet onde diariamente é reunida a informação em torno deste assunto, com destaque para documentos e investigação de suporte à campanha, e a apresentação de diferentes perspectivas, dentro e fora do sector.

Se por um lado a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) apela à importância do controlo das pragas, doenças e infestantes das culturas, e alerta para as crescentes necessidades de alimentação de uma população mundial que continuará a aumentar até 2050, por outro lado os consumidores têm demonstrado elevados níveis de desconhecimento destes dados mas também da realidade agrícola e da ciência aplicada a esta actividade milenar.

Os estudos sociais relatam que o consumidor europeu espera, cada vez mais, ser e estar informado sobre a realidade por detrás da produção de produtos alimentares, a associação une-se ao sector agrícola para a partilha de informação factual e científica, promovendo um pensamento livre de influências meramente emocionais ou políticas.

Nos últimos anos temos assistido ao crescimento do número de movimentos e apelos públicos, baseados em factos pouco claros e com base em percepções vagas, que questionam os métodos e práticas da agricultura, e subestimam a realidade do trabalho e ciência em prole da protecção das culturas agrícolas”, partilhou António Lopes Dias, diretor executivo da ANIPLA.

Esta distância entre a população e os agricultores foi o mote para a realização de um estudo de percepção e uma análise ao impacto da retirada de técnicas agrícolas na produção dos alimentos. Os resultados são demasiado alarmantes e as consequências previsíveis para o sector são de tal forma significantes, que fomos impelidos a agir imediatamente. Este é o momento para voltamos a confiar na ciência, e convidar a população portuguesa para que evite os alarmismos e que ‘considere os factos’”, completou o responsável.

A campanha toma como ponto de partida a percepção, no sector agrícola, de que existe, por um lado, a necessidade de se continuar a aumentar a produtividade da produção, e, por outro, a sensação de que os consumidores apelam a mudanças no método de protecção dos campos de cultivo que poderão levar a perdas irreversíveis nas quantidades de alimentos seguros disponíveis.

Para escutar a população e confirmar percepções, foi realizado um estudo junto dos consumidores adultos europeus, e foram estudados cenários para as consequências que a retirada da tecnologia e ciência representaria na quantidade de alimentos produzidos em Portugal.

O primeiro estudo, um completo trabalho realizado pela YouGov Plc, permitiu confirmar o nível de desconhecimento que os consumidores europeus possuíam sobre a agricultura na Europa, actividade que emprega 5% de toda a população activa do continente.

Este estudo foi realizado a 5631 consumidores do Reino Unido, Alemanha, Espanha e Polónia, e tornou evidente que a população adulta europeia subestima os pressupostos da agricultura e a necessidade progressiva de se aumentar a quantidade de alimentos disponíveis para a população mundial. Ao mesmo tempo, revelou ainda que este segmento da população ignora a ligação existente entre a produtividade agrícola e a disponibilidade e preço dos produtos alimentares.

O estudo veio igualmente confirmar que os consumidores subestimam o papel que as técnicas e ciência em prole da agricultura pode desempenhar no fornecimento de alimentos a preços acessíveis aos consumidores. Na verdade, apenas 31% dos adultos inquiridos demonstraram conhecer que a incapacidade dos agricultores para proteger as suas culturas contra doenças, pragas e ervas daninhas estaria directamente relacionado com o aumento do preço dos bens alimentares.

Em Portugal foi realizado um estudo que avaliou o Impacto Económico da retirada de Substâncias Activas em culturas chave no nosso País. Na base do estudo está a possibilidade de exclusão de cerca de mais de uma centena de substâncias activas presentes nos produtos fitofarmacêuticos europeus, e que integram um grupo considerado em risco de exclusão. Em colaboração com 27 outras entidades e individualidades nacionais, foi apresentada uma análise do colossal impacto económico que esta decisão teria em Portugal.

Os cenários estudados tiveram como objeto cinco culturas essenciais em Portugal: a videira / vinho, a oliveira / azeite, o milho/grão, a pereira/pera rocha e o tomate / indústria.

Estas culturas são a base para a ilustração da campanha, que apresenta ao consumidor os referidos alimentos com uma redução física proporcional à perda esperada.

A exclusão destas técnicas provou ter um efeito muito significativo nos alimentos em causa, expondo os campos de cultivo aos inimigos das culturas, com consequências que, em alguns casos, significavam mesmo a possível impossibilidade de continuar a produção. Os resultados apresentados tiveram um efeito derradeiro, com um balanço do impacto económico em cerca de 810 milhões de euros. Considerando apenas as fileiras em análise, estes números correspondem a 22% da produção vegetal e a 12% do total do sector agrícola.

A campanha decorre até ao final do ano e prevê a transmissão de informação e factos da agricultura através de múltiplos meios e suportes, entre os quais as redes sociais, as plataformas digitais, a imprensa e a rádio, de Norte a Sul do país.

Informação complementar:

→Página da Campanha (aqui)

→Vídeo exemplificativo da mensagem (aqui)

→ Blogue da Anipla (aqui)

→ Projeto Cultivar a Segurança (aqui)

→ Consumer Of The Global Food Challenge   [ABRIL 2016] (aqui)

→ Avaliação do impacto económico causado pela retirada de substâncias activas de culturas chave em portugal [Maio 2016] (aqui)

→ Relatório da FAO sobre desafios para a alimentação mundial (aqui)

 

 

SOBRE A ANIPLA

A Associação Nacional da Indústria para a Proteção das Plantas (ANIPLA – www.anipla.com) – constituída em 1992, representa as empresas que investigam, desenvolvem, fabricam e comercializam produtos fitofarmacêuticos. Como Associação Empresarial do Sector e no conjunto dos seus associados, a ANIPLA representa cerca de 95% do Mercado Nacional de Produtos Fitofarmacêuticos.

A ANIPLA representa os seus associados, tendo como fim último a promoção, divulgação e apoio à utilização segura e eficaz dos produtos fitofarmacêuticos, seguindo os mais exigentes critérios de segurança para o Homem e Ambiente.

A ANIPLA é membro efectivo e activo da ECPA – European Crop Protection Association (www.ecpa.eu).

 

 


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