Anticiclone dos Açores está em “expansão sem precedentes” e isso pode explicar seca histórica em Portugal e Espanha

No século XX, ocorreram 15 eventos extremos e em todos eles o anticiclone dos Açores estava até 50% maior. O fenómeno intensificou-se durante os invernos das últimas décadas. Cientistas norte-americanos alertam que estas alterações podem tornar períodos de seca mais intensos e frequentes

Maio foi o mês “mais quente dos últimos 92 anos” e 2022 já é apontado como o segundo ano mais seco desde 1931, em Portugal, de acordo com a Agência Portuguesa do Ambiente, e alterações no anticiclone dos Açores podem ajudar a explicar estas mudanças. Isto porque este é um sistema de alta pressão atmosférica que é fundamental para o clima da Península Ibérica, moldando também grande parte da meteorologia do resto da Europa Ocidental e da costa leste dos Estados Unidos.

Um estudo partilhado pela revista Nature Geoscience, e agora pelo jornal espanhol El País, conclui que, nos invernos das últimas décadas, o anticiclone foi maior e mais intenso. Os responsáveis teorizam que esta anomalia não tinha sido registada no último milénio e que é uma das que está a afetar ou modificar os padrões de precipitação na Europa Ocidental, com especial incidência na Península Ibérica.

No século XX, ocorreram 15 eventos extremos e em todos eles o anticiclone dos Açores estava até 50% maior. O fenómeno intensificou-se durante os invernos das últimas décadas. Em comparação, nos 1.100 anos anteriores, a média era de nove eventos climáticos extremos por século.

“A nossa análise mostra que […]

Veja a reportagem na CNN Portugal.


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