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Antracnose: Descoberto gene que pode reforçar a defesa do sorgo contra doença que provoca até 50% de perdas na colheita  

Cientistas do Serviço de Investigação Agrícola do Departamento de Agricultura dos EUA e da Universidade Purdue (no estado norte-americano do Indiana) descobriram um gene no sorgo que poderia reforçar a defesa das culturas de sorgo contra a antracnose, uma doença que pode provocar até 50% de perdas nas colheitas. A descoberta poderia levar ao desenvolvimento de cultivares de sorgo resistentes a doenças, que permitem a redução da aplicação de fungicida.

A antracnose ataca todas as partes da planta de sorgo susceptível. A resistência genética às doenças é a abordagem mais eficaz e sustentável para combater a doença. Segundo o biólogo molecular Matthew Helm, “não se compreende bem como funciona esta resistência no sorgo”, acrescentando que “esta lacuna de conhecimento é preocupante devido à variabilidade genética entre diferentes tipos do fungo antracnose e ao seu potencial para superar os genes de resistência de uma cultivar ao longo do tempo.”

A resistência à antracnose também pode ser dependente da temperatura e as cultivares podem ser vulneráveis a infeções a altas temperaturas. Matthew Helm e uma equipa de investigadores começaram a colmatar esta lacuna. Identificaram um gene de resistência à doença conhecido como “Anthracnosa Resistance Gene 2” (ARG2) que agrupa uma série de respostas de defesa à infeção precoce por antracnose, impedindo a sua propagação para o resto da planta e espigas.

As plantas de sorgo portadoras de ARG2 resistiram com sucesso ao fungo mesmo quando as temperaturas em estufa aumentaram para 38 °C. A equipa também determinou que o ARG2 codifica uma proteína na membrana plasmática de células resistentes de sorgo, atuando como alerta de intrusão desencadeada por certas proteínas utilizadas pelo fungo antracnose para infectar a planta. O ARG2 não protege o sorgo de todos os tipos de antracnose, mas combinado com outros genes semelhantes, poderia ajudar a estender a proteção através de métodos convencionais ou biotecnológicos de reprodução.

Saiba mais no site da ARS.

O artigo foi publicado originalmente em CiB – Centro de Informação de Biotecnologia.


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