“Apesar dos sinais encorajadores, não há um único indicador no caminho certo”: vamos falhar metas para travar deflorestação até 2030

Em 2021 foram destruídos em todo o mundo cerca de sete milhões de hectares de zonas florestais, tanto como toda a Irlanda. Brasil é o país com mais área perdida

O mundo vai falhar as metas internacionais traçadas na mais recente Cimeira do Clima da ONU, realizada no ano passado em Glasgow, para travar a deflorestação até 2030 se não forem tomadas medidas. A conclusão é de um relatório divulgado esta segunda-feira pela Deforest Declaration Platform.

“Apesar dos sinais encorajadores, não há um único indicador no caminho certo para cumprir os objetivos para 2030 de travar a perda de floresta e degradação, assim como a restauração de 350 milhões de hectares de floresta”, conclui a avaliação.

Para cumprir estes objetivos, seria necessário uma diminuição global da deflorestação na ordem dos 10%. Em vez disso, em 2021, a área destruída caiu apenas 6,3% comparativamente ao período de referência (2018-2020). O recuo foi contudo inferior nas florestas tropicais (ecossistemas mais ricos em biodiversidade e captura de carbono), onde foi de apenas de 3%.

No total desapareceram cerca de sete milhões de hectares de floresta em 2021.

O mundo continua assim a perder as suas florestas, embora a um ritmo inferior ao que acontecia no passado. “Se continuar, esta desaceleração poderá, a seu tempo, colocar-nos no caminho para atingir o objetivo de 2030.”

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