Coca-Cola confirmou, esta terça-feira, que o conhecido refrigerante passará a ser adoçado com açúcar de cana produzido nos Estados Unidos. O anúncio surge depois de, na passada quarta-feira, o presidente norte-americano ter dado conta de que a empresa começaria a usar açúcar de cana nas bebidas vendidas no país.
“Como parte da sua estratégia de inovação contínua, neste outono, nos Estados Unidos, a empresa planeia lançar uma oferta feita com açúcar de cana dos Estados Unidos, para expandir a sua gama de produtos da marca Coca-Cola. Esta adição foi concebida para complementar o forte portfólio principal da empresa e oferecer mais opções para diferentes ocasiões e preferências”, lê-se num comunicado divulgado esta terça-feira pela entidade.
Ainda assim, não ficou claro se esta mudança se traduzirá num novo produto, tampouco há quanto tempo está a ser devolvida uma nova receita. A data de lançamento da bebida também não foi divulgada.
Recorde-se que a Coca-Cola produzida no mercado norte-americano é normalmente adoçada com xarope de milho, enquanto no México e noutros países europeus é usado açúcar de cana. Aliás, a Coca-Cola produzida com açúcar de cana é coloquialmente apelidada de ‘Coca-Cola mexicana’ nos Estados Unidos, uma vez que é frequente que seja importada daquele país.
Na passada quarta-feira, Donald Trump apontou estar em contacto com a Coca-Cola, por forma a que a receita do refrigerante passasse a incluir açúcar de cana. Anunciou, além disso, que tinha sido bem sucedido nesse objetivo.
“Tenho conversado com a Coca-Cola sobre o uso de açúcar de cana VERDADEIRO na Coca-Cola nos Estados Unidos, e eles concordaram em fazê-lo. Gostaria de agradecer a todos os responsáveis da Coca-Cola. Esta será uma excelente decisão da parte deles — vocês vão ver. É simplesmente melhor!”, escreveu, na rede social Truth Social.
Note-se que o açúcar de cana dos Estados Unidos é, na sua maioria, produzido no Texas, na Florida e no Louisiana, segundo dados do Departamento de Agricultura norte-americano. Ainda assim, a produção interna representa somente 30% do total do abastecimento de açúcar, sendo que o restante provém da beterraba sacarina ou é importado.
Trump é um fã assumido da Coca-Cola Light, que o faz “feliz”. Em 2012, o magnata apontou que a empresa não estava contente com ele, mas que ia “continuar a beber essa porcaria”, na rede social X (Twitter).
Tonight, President Trump received the first ever Presidential Commemorative Inaugural Diet Coke bottle from the Chairman and CEO of Coca-Cola Company, James Quincey 🇺🇸 pic.twitter.com/IgV2pxHnxD
— Margo Martin (@margomartin) January 15, 2025
Em janeiro deste ano, o CEO da Coca-Cola, James Quincey, presenteou o chefe de Estado com uma garrafa personalizada e comemorativa da sua tomada de posse, numa visita a Mar-a-Lago.
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