Foi publicada a Resolução do Conselho de Ministros n.º 86/2020, de 13 de outubro de 2020, que aprova a Agenda de Inovação para a Agricultura 2020-2030.
A Agenda de Inovação para a Agricultura 2020-2030 foi publicada hoje em Diário da República, com propostas de “resposta ágil e adequada”, segundo o Governo, a desafios do setor agroalimentar, como alterações climáticas, mudanças no consumo e digitalização.
A agenda, apresentada no início de setembro, debruça-se sobre a coesão, a agricultura e a floresta, traçando uma estratégia de médio prazo para o setor, que inclui previsões de alteração na demografia, com menos população em Portugal, mas mais a nível mundial e mais concentrada nas cidades, e menos recursos.
A agenda pretende também promover um “maior respeito pela natureza e pela preservação da biodiversidade”, combatendo a degradação dos solos e o desperdício no processo produtivo, e um modelo agrícola sustentável, que assegure uma alimentação de qualidade e em quantidade, assente em produtos frescos, da época, locais, em cadeias curtas, por forma a reduzir a pegada ecológica.
O primeiro-ministro, António Costa, em setembro na Agroglobal, numa sessão de apresentação da visão estratégica para a agricultura, alimentação e território, defendeu que a agricultura tem de ser colocada “no centro das preocupações” e realçou o papel da inovação no setor, sublinhando que o digital é “tão importante como a enxada”.
Frisando que “a inovação vai ter um papel fundamental para continuar a assegurar que a alimentação contribui cada vez mais para uma melhor saúde, para assegurar uma maior coesão territorial e maior sustentabilidade ambiental”, António Costa defendeu que o digital “não é o oposto do trabalho agrícola”.
“Cada vez mais as tecnologias da informação são uma ferramenta de trabalho tão importante como a enxada para o trabalho agrícola”, concluiu.