Área Integrada de Gestão de Paisagem com mais de mil hectares criada em Alvares

Os condomínios de aldeia foram o “embrião” para as áreas Integradas de gestão de paisagem. A que acaba de ser criada no concelho de Góis, envolve proprietários, produtores, a autarquia, a indústria de celulose, a academia e associações ambientais. Agrega mais de mil hectares e aposta na sustentabilidade e na segurança das populações.

Primeiro lançaram-se os condomínios de aldeia e o secretário de Estado da Conservação da Natureza, das Florestas e do Ordenamento do Território foi lesto em afirmar qual era a ideia subjacente: “Que isto sirva de embrião para uma gestão de condomínio à volta”, disse ao PÚBLICO em entrevista.

“A ideia é que consigamos esta primeira transformação da paisagem à volta do aglomerado populacional, na perspectiva da defesa do edificado, mas também da protecção, mas que isso depois sirva de embrião para as áreas integradas de gestão da paisagem, que é outra medida programática do Programa de Transformação da Paisagem”, acrescentou João Paulo Catarino.

O Programa de Transformação de Paisagem foi criado pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 49/2020, de 24 de Junho. A Área Integrada de Gestão de Paisagem (AIGP), integrada no âmbito desse programa, é um instrumento com vista a promover a gestão e exploração comum dos espaços agro-florestais em zonas de minifúndio e de elevado risco de incêndio.

O protocolo assinado na última semana em Góis contou com a presença do ministro do Ambiente e Acção Climática, João Pedro Matos Fernandes, do secretário de Estado das Florestas, João Paulo Catarino, do secretário de Estado Adjunto e do Desenvolvimento Regional, Carlos Miguel, e de dirigentes de organismos centrais e regionais do Estado.

Citado pela agência Lusa, Matos Fernandes realçou a importância do ordenamento florestal nestas regiões de Portugal. “Não pode ser álibi para ninguém dizer que 98% da floresta portuguesa é de privados”, disse o governante, realçando que “o papel das autarquias é absolutamente fundamental”, assim como o de outras entidades públicas e privadas, com vista a inverter o abandono das áreas florestais e promover o desenvolvimento do interior.

A criação desta área integrada de gestão da paisagem envolve enquanto entidades signatárias o Núcleo Fundador da Zona de Intervenção Florestal da Ribeira do Sinhel, a Câmara Municipal

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