Os bombeiros portugueses continuam reféns da dicotomia entre o modelo secular de associativismo e o caminho para a profissionalização
Nesta altura do ano, perante os milhares de hectares dizimados pelas chamas em vários países europeus, é inevitável pensar nos bombeiros, nas suas corporações e associações humanitárias, sendo recorrente caírem no esquecimento quando a época dos fogos diminui a sua intensidade, deixando por resolver questões estruturais da sua importante atividade em prol das populações.
Como agentes de proteção civil, treinados para atuar e responder em caso de incêndios florestais, urbanos e industriais, as suas funções estenderam-se, ao longo dos anos, para praticamente todas as áreas de intervenção na defesa dos cidadãos. Longe vão os tempos dos primitivos centros onde o homem sentiu a necessidade de prevenir e regular o fogo quando este se voltava contra si ou quando o Imperador César Augusto entendeu criar um grupo que salvaguardasse a segurança perante os grandes incêndios que devastavam Roma. E, tal como o toque a rebate dos sinos das igrejas se […]