As principais tendências para o cluster agroalimentar português, resultado do trabalho feito pela consultora internacional Mintel, foram apresentadas pela PortugalFoods.
No estudo 2022 Food & Drink Trend, onde foram efetivados inquéritos a diversos consumidores em vários mercados internacionais, bem como a identificação das tendências de inovação lançadas por marcas alimentares mundiais, perceberam-se três grandes tendências:
Em controlo: Ainda a viver sob uma conjuntura de incerteza, com as ameaças da precariedade e insegurança financeira a manterem-se no horizonte, para contrabalançarem estes sentimentos, os consumidores procuram, cada vez mais, uma sensação de controlo sobre os mais variados aspetos da sua vida. Assim, os consumidores desejam clareza, transparência, flexibilidade e alternativas de escolha que respondam às suas necessidades e circunstâncias individuais. “Nesse sentido, as marcas alimentares devem ajudar os consumidores a tomarem decisões com confiança, que protejam a sua saúde e a saúde do planeta. A inovação e a criação de técnicas de rastreabilidade e de personalização dos produtos serão fundamentais para lançar o setor agroalimentar no futuro.”
Diversão em todo o lado: Depois de dois anos de confinamentos e reabertura da economia, os consumidores estão desejosos para sair e abraçar novas experiências, testar limites e explorar novas situações. Para corresponder a estes anseios, as marcas alimentares devem “disponibilizar produtos que ofereçam diversão e alegria, amplificando sabores, cores, texturas e aromas e que promovam interatividade com os alimentos e bebidas. A gamificação das marcas e a sua presença no metaverso serão cada vez mais habituais.”
Espaços Flexíveis: Fruto da conjuntura dos dois últimos anos, “os consumidores querem explorar novos locais, pelo que as marcas alimentares e os serviços de restauração devem criar espaços multifuncionais e criativos onde as pessoas se possam relacionar, comprar e comer, presencialmente ou online.” O desafio é, sobretudo, voltar a tirar os consumidores de casa, depois de dois anos de habituação à vida em contexto familiar.
O artigo foi publicado originalmente em Vida Rural.