A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) deteve dois homens e suspendeu a atividade de um matadouro e assador de leitões no concelho de Elvas (Portalegre), que funcionava de forma ilícita, foi hoje anunciado.
Em comunicado, a ASAE disse que esta operação de fiscalização foi realizada no distrito de Portalegre, sem especificar o local, através da Unidade Regional do Sul – Unidade Operacional de Évora.
Mas, contactada pela agência Lusa, fonte da autoridade precisou que a operação teve lugar no concelho de Elvas.
A ação surgiu “na sequência de uma investigação no âmbito do combate a ilícitos criminais contra a saúde pública, designadamente abate clandestino”.
Resultou, segundo a ASAE, no desmantelamento de um local “onde se procedia de forma ilícita, camuflada e sem condições técnico-funcionais e de higiene ao abate de animais”, neste caso, leitões, bem como ao “assamento dos mesmos e respetiva comercialização, sem a devida inspeção sanitária dos animais para despiste de doenças”.
“Foram detidos dois indivíduos [e] determinada a suspensão total da atividade do assador de leitões não licenciado e sem condições mínimas exigíveis para o seu funcionamento”, pode ler-se no comunicado.
A mesma fonte da ASAE contactada pela Lusa acrescentou que os detidos são dois homens, com idades compreendidas entre os 50 e os 60 anos, precisando tratar-se do proprietário do espaço e do distribuidor.
Da ação resultou a instauração de um processo-crime pela prática do crime contra a saúde pública de abate clandestino.
Os inspetores apreenderam 23 leitões, com o peso total de 224 quilos, bem como embalagens utilizadas para colocação dos leitões assados, “dissimulando a sua origem e induzindo o consumidor em erro, num valor total de 2.600 euros”, destacou a ASAE.
No comunicado, a autoridade garantiu que “continuará a desenvolver ações de fiscalização, no âmbito das suas competências, em todo o território nacional, em prol de uma sã e leal concorrência entre operadores económicos, na salvaguarda da segurança alimentar e saúde pública dos consumidores”.