A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) anunciou hoje que foram constituídas arguidas duas empresas e três pessoas numa investigação por falsificação de documentos para atribuição de subsídios florestais.
A ASAE revela em comunicado que executou sete mandados de busca, domiciliários e não domiciliários, nos concelhos de Santiago do Cacém, Grândola e Lisboa.
Segundo a ASAE, a investigação teve origem numa denúncia comunicada por uma entidade certificadora, por suspeita de falsificação dos seus certificados de conformidade de gestão florestal.
Em causa estão dois processos de candidatura no âmbito do Programa de Desenvolvimento Rural 2014–2020, que visa o crescimento sustentável do setor agroflorestal no país, através da concessão de apoios às atividades.
“Os documentos falsificados terão sido reproduzidos e alterados através de manipulação informática, por uma empresa de gestão florestal que assumiu a condução e submissão das candidaturas, em nome de duas explorações agrícolas, procurando, assim, obter um posicionamento mais favorável na classificação final das candidaturas aos incentivos financeiros”, explica a ASAE.
Nesta investigação, a ASAE adianta ainda que executou mandados de busca à residência e escritório da pessoa responsável pela submissão das candidaturas, à residência dos beneficiários e às herdades agrícolas visadas, tendo sido apreendida documentação.