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– 06-02-2014 |
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Associação do Lobo Ibérico defende práticas de protecção de gado "antigas e eficazes"
A Associação de Conservação do Habitat do Lobo Ibérico (ACHLI) quer o regresso às práticas de protecção de gado "que caíram em desuso mas eram eficazes" para as populações evitarem prejuízos sem atentarem contra a sobrevivência dessa espécie ameaçada. Para isso, a instituição promoveu ontem em Arouca uma conferência destinada a analisar a situação desse animal nas serras da Freita e da Arada, que o biólogo da ACHLI aponta como as zonas onde o lobo é mais ameaçado pela carência de alimentação selvagem e pela consequente animosidade humana motivada por ataques a presas domésticas. "No extremo oeste da região a sul do Douro há uma alcateia que será sempre muito frágil pela sua proximidade às populações", observa Gonçalo Brotas, "e para aumentar o seu habitat é preciso esclarecer as populações quanto aos mitos mais frequentes em relação ao lobo". Um deles refere-se à ideia de que um pontual aumento da presença desses carnívoros se deve ao facto de as entidades ligadas à conservação da Natureza "soltarem lobos no monte". Nesse caso, o biólogo da ACHLI explica que "o que acontece é simplesmente que o lobo pode passar um ano sem se reproduzir e depois, no ano seguinte, aparece um grupo maior, com os animais mais novos". O outro mito mais recorrente prende-se com ataques que, muitas vezes, "são atribuídos ao lobo ibérico quando na realidade foram da responsabilidade de cães selvagens". É para evitar o prejuízo que esses ataques a animais domésticos representam para as famílias serranas que Gonçalo Brotas recomenda aos criadores o recurso às antigas formas de protecção de gado caprino e bovino, "mais tradicionais e sustentáveis". "Se houver um ataque ao gado, as entidades competentes vão verificar se ele foi efectivamente provocado pelo lobo ibérico e, caso isso se confirme, os prejuízos são pagos pelo Estado português", explica o biólogo. "Mas esse pagamento só é feito se ficar provado que esse gado estava protegido de acordo com o que dita a Lei, por exemplo com cão e pastor", realça. Gonçalo Brotas diz que a ACHLI pode esclarecer os criadores sobre a observação dessas condições e, no contexto específico dos cães de gado, adianta que o Grupo Lobo está, inclusive, a lançar um projecto com vista à sua reintrodução nas práticas pecuárias. As espécies mais adequadas para esse trabalho são as autóctones de raça portuguesa, como os Serra da Estrela, o Pastor Transmontano e o Castro Laboreiro. Fonte: Lusa
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