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Associações dizem que Celpa plantou eucaliptos em vez de medronheiros em Pedrógão

Associações acusam Celpa, que garante não ter cometido qualquer ilegalidade. A comprovar-se que existiu, o erro será reparado. Até ao momento foram rearborizados cerca de 130 hectares de área ardida.

No decorrer das visitas que a Associação Nacional de Conservação da Natureza Quercus e a Associação de Promoção ao Investimento Florestal – Acréscimo têm vindo a efectuar à região de Pedrógão Grande, na sequência do grande incêndio de 2017, depararam-se com uma situação que classificam como “evidente ilegalidade”: o programa “Replantar Pedrógão”, promovido pela Associação da Indústria Papeleira – Celpa, segundo as duas organizações não-governamentais (ONG) do ambiente, “foi adulterado na sua execução”.

E explicam: na parcela aprovada pelo Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF), em Setembro de 2020, para a instalação de medronheiros, “foi confirmada a presença de uma plantação de eucalipto”.

E tanto neste núcleo, que as ONG referem ter sido destinado para a plantação de medronheiros, como em núcleos adjacentes constataram que, na construção e beneficiação de caminhos e aceiros, “os eucaliptos só não se visualizam nas faixas de rodagem”, frisando que a espécie foi plantada “até aos limites de caminhos e aceiros”.

A “extrema” mobilização dos solos também justifica críticas das duas organizações, que frisam que a construção de terraços em plena margem direita do rio Zêzere “gerou um enorme volume de carbono emitido para a atmosfera, além de produzir um significativo acréscimo do risco de erosão”. Ao analisar a localização do projecto de rearborização, as ONG consideram ter tido lugar uma “injustificável” mobilização do solo, “em plena Reserva Ecológica Nacional (REN) e no enquadramento do Plano de Ordenamento das Albufeiras de Cabril, Bouçã e Santa Luzia (POAC)”.

Da observação que efectuaram ao local, a Quercus e a […]

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