plantação de eucaliptos

Associações Zero e Acréscimo manifestam “total repúdio” ao aumento da plantação de eucaliptos

Em Julho, a Federação Nacional das Associações de Proprietários Florestais e a Associação da Indústria Papeleira vieram a público pedir a expansão da área de eucaliptal, defendendo a plantação desta cultura nas áreas de mato.

Em plena estação seca, num dos anos com menos chuva em Portugal de que há memória, instalou-se uma discussão sobre a expansão da plantação de eucalipto, uma árvore que cresce rapidamente, mas que depende da existência abundante de água para isso. Em meados de Julho, a Federação Nacional das Associações de Proprietários Florestais (FNAPF) e a Associação da Indústria Papeleira – Celpa vieram a público pedir ao Governo para aumentar a área de plantação de eucaliptos. Agora, a associação ambientalista Zero e a Acréscimo – Associação de Promoção ao Investimento Florestal manifestaram “um total repúdio por esta tentativa de criar pressão sobre o Governo para voltar a desregulamentar as arborizações com eucalipto”, segundo um comunicado conjunto, divulgado esta quinta-feira, que o PÚBLICO teve acesso.

Um dos argumentos apresentados pela FNAPF e pela Celpa estava ligado aos incêndios. Segundo estas entidades, metade da área ardida em Portugal nos últimos anos correspondia a matos e pastagens, devido à falta de gestão destas áreas pelo sector da silvicultura, seguindo-se os pinhais e, só depois, os eucaliptais. Por isso, defendem, seria importante o Governo permitir a plantação de eucaliptos e de outras árvores de crescimento rápido nas áreas de mato, que, desta forma, passariam a ter uma gestão activa, diminuindo assim o risco de incêndios.

“A área [de eucalipto] devia ser aumentada e não reduzida”, referiu, em meados de Julho, Luís Damas, presidente da FNAPF, à agência Lusa. Agora, ao PÚBLICO, repete a mensagem: “Há muita área que vai arder porque ninguém se preocupa. Se essas áreas tiverem eucaliptos, as pessoas fazem mais gestão.”

No entanto, a Zero […]

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