presidente da Câmara de Ponte da Barca, Augusto Marinho, referiu, durante a tarde desta terça-feira, que tiveram “uma situação complicada” na freguesia de Ermida, destacando os difíceis acessos que dificultam o combate ao fogo.
“Nós tivemos aqui uma situação complicada. Na Ermida, a situação estava estável, totalmente controlada e é isso que eu tenho referido sempre relativamente a este incêndio. É de difícil acesso, o vento muda de direção com bastante frequência e intensidade também, o que dificulta o combate”, salientou o autarca, em declarações aos jornalistas.
Augusto Marinho notou ainda que se encontram numa “zona de montanha”. “Nós temos aqui, atrás de mim, um ponto quente com fumo e que me preocupa e que mostra uma localização difícil, sem acessos, uma vez que está no meio da serra”.
Sobre o reforço de meios aéreos, o autarca referiu ser “essencial”, notando que no local estavam “dois helicópteros”. “Entretanto, recebi a informação de que se dirigia para cá mais uma parelha de alfas, que são aviões ligeiros”.
“Solicitei meios aéreos pesados, tenho informação que há empenhamento de mais meios aéreos para o local e, portanto, eles são muito necessários neste tipo de terreno”, explicou.
O presidente da Câmara disse ainda que “se dirige uma frente para a aldeia da Ermida”, que está “a lavrar do lado Este” desta freguesia. Ou seja, o “lado oposto onde estava a frente, contornou a aldeia e temos a projeção que deu origem a uma frente muito forte e intensa”.
“Atendendo aquilo que sentimos no terreno, e é importante também saber que existem outros fogos e que é necessário os meios se desdobrarem, a verdade é que este tipo de fogo é de muito difícil combate. Está no meio da serra, muitas vezes os meios não conseguem chegar lá, projetar homens apeados é muito complicado e os meios aéreos são essenciais neste tipo de incêndios”, disse.
Quatro bombeiros feridos em Ponte da Barca
Dois bombeiros e dois sapadores florestais sofreram hoje ferimentos ligeiros no combate ao incêndio que deflagrou na noite de sábado em Ponte da Barca, disse fonte da proteção Civil.
Em declarações à agência Lusa, o comandante sub-regional do Vale do Ave da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), Rui Costa, adiantou que, “por precaução”, os quatro operacionais foram encaminhados para o hospital de Santa Luzia, em Viana do Castelo.
“São ferimentos ligeiros como entorse, uma pequena queimadura num braço e numa perna. Situações muito ligeiras”, especificou.
De acordo com a informação disponível no site da Proteção Civil, o incêndio de Ponta da Barca conta com 424 operacionais, apoiados por 133 veículos e oito meios aéreos.
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