Autarca de Vila Real fala num “ataque ao nosso território” com “danos incalculáveis”

O fogo que teve início em Sirarelhos avançou para Gontães e Vila Cova, lavrando em três frentes e tendo entrado já no concelho de Mondim de Basto. Em declarações aos jornalistas, o presidente da Câmara Municipal de Vila Real fala num “ataque ao território” e deixa um apelo às autoridades.

“Aquilo que nós estamos a assistir é claramente um ataque ao nosso território, depois de ontem às 14:00 ter surgido uma primeira ignição em São Cibrão, que entretanto se deslocou para o concelho vizinho de Sabrosa; tivemos às 20:00 uma outra entre Mondrões e Torgueda e tivemos, depois, às 23:00 este aqui, em Sirarelhos”, afirmou Alexandre Favaios.

O fogo que teve início em Sirarelhos avançou para Gontães e Vila Cova, lavrando em três frentes e tendo entrado já no concelho de Mondim de Basto.

“São essas [frentes] claramente as que nos preocupam mais. Aquilo que nós pedimos é que as autoridades, naturalmente, continuem a fazer o seu trabalho para punir aqueles que, de alguma maneira, estão a colocar em causa aquilo que é a nossa casa comum“, afirmou Alexandre Favaios.

É em Vila Cova que estão centradas as maiores preocupações.

“Depois de ter existido aqui alguma acalmia, o vento tem levado a que o incêndio se tenha propagado com alguma intensidade. Ele já entrou no território do concelho vizinho de Mondim, onde já estão também a ser posicionados alguns meios para facilitarem de forma articulada o combate”, afirmou.

Pelas 17:30, estavam cerca de 180 operacionais no terreno e 53 viaturas e 10 meios aéreos.

“Depois de termos tido uma manhã particularmente exigente, em que o incêndio, devido à velocidade de propagação e ao vento que se fazia sentir, se aproximou das habitações, o que levou a que tivéssemos de solicitar de forma preventiva a retirada de algumas pessoas das habitações”, explicou.

Estas pessoas estão junto de familiares na aldeia e, segundo Alexandre Favaios, “logo que estejam salvaguardadas todas as condições de segurança”, poderão regressar a suas casas.

“Neste momento não temos habitações em perigo, continuam a não existir danos em casas ou vítimas, temos a lamentar a área florestal ardida e a produção agrícola”, acrescentou, especificando que esta é uma zona de castanheiros e também de produção de mel.

Alexandre Favaios salientou que, “apesar de não estarem em causa aldeias”, no momento em que prestava declarações aos jornalistas, “os danos são incalculáveis”.

É um ataque claramente ao nosso concelho, ao nosso território“, repetiu.

Os operacionais no terreno “têm sido absolutamente extraordinários no combate e na salvaguarda daquilo que é prioritário”, destacou, referindo que se espera a projeção de mais meios para esta ocorrência, nomeadamente alguns que possam ser retirados do fogo de São Cibrão e Sabrosa, que foi dado como em resolução.

O outro fogo que se mantém ativo é o que teve início em Torgueda, onde estão 85 operacionais e 25 viaturas.

É um incêndio que não nos preocupa tanto, de facto, também aqui não existe perigo de pessoas e bens em termos de casas, mas é também preciso consolidar o trabalho que tem sido feito pelos homens e mulheres no terreno“, salientou.

A avaliação dos danos e a contabilização da área ardida será feita depois de os incêndios estarem resolvidos.

Veja a reportagem na SIC Notícias.


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