O interesse crescente pelos frutos secos é uma realidade incontornável nos dias de hoje, em todo o mundo e principalmente em países mediterrâneos como PORTUGAL. As variedades produzidas são específicas de cada país e adaptadas às suas condições edafo-climáticas e aos seus mercados.
O cultivo da avelã caracteriza-se por uma ampla dispersão geográfica, que corresponde às áreas que apresentam as condições edafo climáticas adequadas ao seu cultivo. Tanto a sua produção quanto o seu consumo mundial mostram um aumento sustentado na última década. O seu consumo mundial passou de 357.993t para 466.594t entre 2013 e 2018. Estima-se que a procura, a nível mundial, deste produto ultrapassa já a sua oferta e esta diferença tenderá a acentuar-se nos próximos anos. Este cenário, em conjunto com o constante aprimoramento da tecnologia de cultivo, das novas variedades e da perceção pelo consumidor como uma fruta saudável (as avelãs contêm grandes quantidades de vitaminas e outras substancias benéficas para o organismo) e sustentável na sua produção, têm um papel fundamental em empresas inovadoras como a Hidro Ibérica.
Em conjunto com a já instalada cultura da amêndoa um pouco por todo o nosso país, assiste-se agora à introdução e modernização do cultivo de um novo produto agrícola, a aveleira, tradicionalmente plantada até aqui em modelos tradicionais.
Com uma nova proposta de modelo agronómico, a AGROMILLORA baseia-se na experiência de outros cultivos que já intensificou para o modelo em sebe, como o caso do olival e amendoal, de que foi pioneira há 25 anos atrás. A Agromillora apresenta uma solução viável, mostrando também uma nova forma de diversificar os investimentos agrícolas mantendo modelos agronómicos de alto valor acrescentado.
Olhando em retrospetiva ao que tem vindo a acontecer com outras culturas lenhosas, é evidente que ainda falta caminho a percorrer para a total mecanização do cultivo da aveleira, e é certo também que este caminho passa pela progressiva intensificação das plantações.
Isso permite uma entrada em produção mais rápida, a mecanização e uma redução de custos de produção, e um aumento da produtividade. Esta transição para árvores mais pequenas iniciou-se há mais de uma década, nos Estados Unidos (Oregon) e no Chile, onde gradualmente se transitou para plantações comerciais, com compassos mais estreitos (5×3 ou 5×2,5). Foram estas experiências, acompanhadas pela AGROMILLORA nos Estados Unidos, que levaram até a primeira plantação de aveleira, em sebe, na Europa, na mítica finca La Porxina (Espanha – 2013) de onde já tinha saído, anos antes, outra revolução agronómica, o amendoal em sebe.
Esta transição possibilitou um aumento da densidade de mais de 400% e consequentemente uma entrada mais rápida na produção e uma redução de custos, garantindo uma elevada produtividade. Tendo como base as técnicas de cultivo do olival e amendoal intensivo, esta cultura é uma alternativa viável e apelativa para agricultores e empresários, especialmente em Portugal, a norte do Tejo, pois esta fruteira adapta-se muito bem ao clima mediterrânico, é um produto não perecível, colhido no Verão e com um mercado crescente no mundo, para além de utilizar tecnologias avançadas que rentabilizam a cultura tornando-a sustentável a baixo custo. Além disso, a produção de avelã é uma cultura extremamente mecanizada.
O modelo desenvolvido já despertou o interesse das principais indústrias de chocolate, nomeadamente a Ferrero Rocher, que apresentamos em completa estreia a nível nacional, no conhecido campo de ensaio da AGROGLOBAL em Valada do Ribatejo. Com o apoio técnico da HIDRO-IBÉRICA, este familiar campo de ensaio está a tornar-se uma referência internacional, atendendo à credibilidade e rigor técnico que apresentam os ensaios aí realizados.
De realçar que este modelo se apresenta como uma alternativa muito viável para investimentos agrícolas em determinadas zonas de regadio, registando uma menor necessidade hídrica (2.500-3.000m3/ha) e uma maior resistência a geadas tardias, quando comparada com a cultura da amêndoa.
A eficiência produtiva da cultura de regadio da Avelã, os custos associados à mesma e o seu preço de venda determinam a rentabilidade da exploração.
O custo de instalação (Investimento Inicial) em explorações modernas e bem desenhadas, com um compasso que pode variar entre o 5 X 3 e o 4 X 2, situa-se ente 6.000eur/ha e 8.000 eur/ha.
Como se pode constatar nos mapas, com um compasso de 4×2, o Investimento Inicial ronda os 8.000 eur/ha, incluindo a rega. Se considerarmos um preço médio de venda (baseado nos Projectos da Ferrero Rocher) de 2,5€/Kg de avelã e com produções médias de 2.000-2.500 kg/ha, com custos anuais da ordem dos 1.400 eur/ha, obtemos, após pago o investimento inicial, um resultado liquido anual da ordem dos 3.500 eur/ha a 4. 500 eur /ha.
O sucesso do Projeto vai depender de vários fatores, nomeadamente, da qualidade do material vegetal clonal, que permita uma precoce e homogénea entrada em produção e de um contrato com um comprador estável ao longo da vida útil do projeto.
Os Pomares instalados pela HIDRO-IBÉRICA enquadram-se num “Serviço Chave na Mão” que consiste em dimensionar e executar o projeto, mobilizações de solo e fornecimento do Sistema de Rega e plantação de Aveleiras.
A Hidro Ibérica tem vindo a adaptar a vasta experiência que possui em Olival e Amendoal de Regadio para a Cultura da Avelã, oferecendo aos seus clientes uma plantação executada com as seguintes vantagens:
- Rápidas produções (a primeira colheita surge logo no primeiro ano de vida);
- Recolha mecanizada especializada (rapidez, eficácia e preservação das qualidades sanitárias do fruto, uma vez que este nunca toca no chão);
- Redução de custos de instalação e manutenção;
- Boa rentabilidade;
- Qualidade do fruto;
- Aumento da eficiência dos tratamentos fitossanitários e do maneio agronómico.
O objetivo é garantir a máxima produtividade e rentabilidade com o menor investimento e custos de manutenção
Por outras palavras, o Serviço “Chave na Mão” executado pela HIDRO-IBÉRICA é um serviço completo que cumpre as seguintes fases:
- Estudo pormenorizado das condições agronómicas e climatéricas do local de instalação (orientação, desnível, insolação, disponibilidade hídrica, etc.);
- Elaboração de Projeto (desenho da plantação);
- Escolha das variedades que melhor se adaptam ao local, em parceria com a AGROMILLORA;
- Plantação, recorrendo a máquinas específicas para o efeito;
- Assistência Técnica e Serviços de Acompanhamento Agrícola
Estamos perante uma nova oportunidade de negócio recorrendo a uma cultura permanente, altamente viável economicamente, onde a eficiência na utilização da água, dos tratamentos fitossanitários, dos adubos, das podas e colheitas (mecanizadas) e da mão de obra são notórios. Também por este motivo, o novo sistema de cultivo de Aveleiras em Sebe poderá ser adaptável para a produção biológica.