Quantas vezes já ouvimos o slogan “somos o que comemos”? Vezes sem conta! E em que pensamos? Verduras, frutas, carnes brancas, fibra e acima de tudo a mínima gordura possível! Mas será de todo saudável não consumir gorduras? A resposta a esta pergunta é um Não categórico! A ingestão de gorduras (lípidos) é fundamental para o bom funcionamento do organismo. Elas aportam parte importante das calorias (energia) necessárias para os processos químicos do organismo e, além disso, fornecem ácidos gordos, substâncias fundamentais para o bom funcionamento do metabolismo, da reprodução e, por fim, da sobrevivência do ser Humano.
Então, tomando como ponto de partida que é necessário consumir gorduras, que tipo de gorduras devemos consumir? Muito fácil de responder: as mais saudáveis! E quais são as mais saudáveis? As que contém ácidos gordos monoinsaturados. E porque são estas gorduras as mais saudáveis? Porque cumprem as funções metabólicas que se requerem a qualquer gordura e, além disso, são as únicas que reduzem os níveis de “colesterol mau” (LDL) e aumentam os de “colesterol bom” (HDL), melhorando desta forma a circulação arterial e reduzindo o risco de acidentes cardiovasculares. São por isso conhecidas como gorduras “amigas do coração”. E onde se podem encontrar em abundância os ácidos gordos monoinsaturados? Dentro de uma garrafa de azeite (até 80% da composição do azeite) em qualquer supermercado ou loja perto de si. Pode encontra-lo 365 dias por ano, com a máxima segurança alimentar, com um larguíssimo prazo de validade e com uma gigantesca diversidade de utilização.
E como se a redução do colesterol não fosse razão mais do que suficiente para o consumo desta gordura vegetal, ao consumir azeite estamos ainda a ingerir um alimento que: (1) é um potentíssimo vasodilatador, com o qual reduzimos a tensão arterial; (2) reduz os níveis de glucose e as necessidades de insulina em diabéticos; (3) estimula o bom funcionamento da vesícula biliar; (4) melhora a digestão dos alimentos. E tudo isto apenas falando da categoria “Azeite”, porque se rebuscamos mais a questão e falamos de “Azeite Virgem Extra” aí entram em “ação” os tão falados antioxidantes. O Azeite Virgem Extra é um alimento riquíssimo em polifenóis (até 600ppm), que são substâncias com um elevado poder antioxidante. Como tal, ao consumir Azeite Virgem Extra estamos a prevenir a morte celular e, consequentemente, a atrasar o envelhecimento. Os compostos fenólicos possuem ainda propriedades anti-inflamatórias, prevenindo uma série de doenças crónicas que afetam milhares de pessoas.
Para além de todas estas propriedades nutricionais e funcionais, o Azeite Virgem Extra consegue ainda potenciar o sabor dos alimentos, dando um requinte especial tanto aos pratos cozinhados como às saladas e afins. E tudo isto quanto custa? Se consumirmos o que os médios investigadores recomendam – entre 30 e 40g diárias – tudo isto custa-nos a módica quantia de 14 cêntimos por dia. Por apenas 14 cêntimos por dia podemos melhorar diversos aspetos da nossa saude, podemos tornar mais saborosos os nossos pratos, podemos contribuir para a fixação de pessoas ao meio rural, podemos contribuir para a manutenção de paisagens tradicionais e por fim podemos contribuir para o fortalecimento da economia nacional. Tudo isto por 14 cêntimos! São necessárias mais razões para consumir este produto 100% natural e respeitador do meio ambiente?
Sérgio Lavado
Estudante no IX Mestrado em Olivicultura e Azeites da Universidade de Córdoba