uanda, 26 set 2025 (Lusa) — O Banco Mundial vai ensaiar, na segunda fase do programa de transferências monetárias “Kwenda”, a sua implementação em algumas áreas urbanas das províncias de Luanda e Cabinda, divulgou hoje a instituição financeira.
A segunda fase do Programa de Fortalecimento da Proteção Social “Kwenda”, em vigor desde maio deste ano até 2029, conta com o apoio financeiro do Banco Mundial no montante de 400 milhões de dólares (cerca de 339,5 milhões de euros), dos quais foram já desembolsados 25%, prevendo beneficiar 1,6 milhões de agregados familiares.
O representante do Banco Mundial para Angola e São Tomé e Príncipe, Juan Carlos, referiu que o programa Kwenda foi criado para apoiar famílias em situação de pobreza e vulnerabilidade nas áreas rurais, mas o banco vai desenvolver um projeto-piloto para a sua expansão às áreas urbanas e periurbanas, com vista a mitigar o impacto da remoção dos subsídios aos combustíveis.
Juan Carlos, que falava hoje num encontro promovido pelo Banco Mundial com jornalistas, sublinhou que o programa foi desenhado para áreas rurais e precisa ser adaptado às zonas urbanas, com características completamente diferentes.
“Com base no resultado desta experiência piloto, poderemos então ver, como conseguimos recomendar [ao Governo] a mudança do programa, para expandir para as áreas urbanas”, sublinhou, destacando que “a dinâmica social na área urbana é totalmente diferente da dinâmica social da área rural”.
O responsável realçou que nas áreas rurais, as pessoas usam as ajudas do Kwenda, por exemplo, para comprar sementes e cultivar, o que não vai acontecer nas áreas urbanas.
O representante do Banco Mundial para Angola e São Tomé sublinhou que o programa Kwenda, que é executado pelo Fundo de Apoio Social (FAS), não visa apenas mitigar o impacto das reformas sobre os subsídios que estão a ser implementadas pelo Governo angolano, o entendimento que muitas pessoas têm sobre este programa.
Leia Também: Chapo destaca agricultura, agronegócio e turismo para criação de emprego