Autarcas apontam falhas ao Governo.
A barragem do Vilar, no distrito de Viseu, é um dos casos mais preocupantes no que toca ao nível de água, que está no nível vermelho por ainda apresentar apenas 13 por cento da capacidade, o pior registo dos últimos 30 anos.
O ano de 2022 tem sido caracterizado pela falta de chuva e pala consequente seca, que levou muitas das barragens a atingir níveis críticos como já não se via há várias décadas.
Terminado o verão, e já depois das primeiras chuvas de outono, a barragem do Vilar apresenta uma cota inferior a 20 por cento, quando a reserva estratégica está estabelecida em 35 por cento da capacidade.
Vários níveis abaixo do valor de segurança, mas que ainda assim serve para abastecer a população de Moimenta da Beira, Tabuaço e Sernancelhe até outubro próximo, garante Carlos Silva, presidente da Câmara de Sernancelhe.
O autarca mostra-se severamente preocupado com o armazenamento de recursos hídricos que a barragem apresenta e atira que “é preciso pensar e repensar posições”, deixando assim o apelo ao Governo.
“O Governo tem que ter coragem, que é algo que lhe tem faltado sempre. Mas nesta questão da água foi muito muito preocupante, não deviam ter deixado a barragem chegar aos níveis a que chegou”, acusa Carlos Silva.
Devido à falta de água que protagonizou o ano de 2022, várias barragens viram a sua produção de eletricidade ser suspensa. A do Vilar passou a estar nesta situação em fevereiro, data descrita como tardia pelo autarca de Sernancelhe, que espera que “esta situação sirva de exemplo” para o futuro.