Previsões Agrícolas
As previsões agrícolas, em 30 de junho, apontam para a manutenção do rendimento unitário no trigo, triticale e aveia, para uma diminuição de 5% no centeio e para um aumento na cevada (+5%), face à campanha anterior. A acentuada descida dos teores de humidade do solo na fase de enchimento do grão impediu a concretização das expectativas iniciais de aumentos generalizados de produtividade destes cereais. Nas culturas de primavera/verão, estima-se o aumento de 10% na área de arroz, devido à possibilidade de utilização dos canteiros (3 mil hectares) que tinham ficado por semear na campanha anterior devido às obras de intervenção no aproveitamento hidroagrícola do Vale do Sado. No milho para grão, apesar da subida dos preços desta commodity, a área semeada deverá ser semelhante à da campanha anterior. Estimam–se ainda produtividades semelhantes às alcançadas em 2020 para a batata, tomate para a indústria e girassol.
Nos pomares, o destaque vai para a cereja, com a campanha mais produtiva (28 mil toneladas) desde que existem registos sistematizados de informação. O pêssego também deverá aumentar a produtividade para as 11 toneladas por hectare (+20% que em 2020). Nas pomóideas, a floração e o vingamento dos frutos decorreu sem problemas, estimando-se aumentos nos rendimentos unitários (+15% na maçã e +35% na pera).
Gado, aves e coelhos abatidos
O peso limpo total de gado abatido e aprovado para consumo em maio de 2021 foi 39 857 toneladas, o que correspondeu a um acréscimo de 7,0% (+8,3% em abril), devido ao maior volume de abate registado nos bovinos (+21,3%), suínos (+2,9%), ovinos (+9,1%) e caprinos (+43,6%). O peso limpo total de aves e coelhos abatidos e aprovados para consumo foi 29 541 toneladas, o que representou um acréscimo de 4,4% (-3,3% em abril), devido ao maior volume de abate registado em todas as espécies: galináceos (+1,8%), perus (+19,6%), patos (+8,1%), codornizes (+21,3%) e coelhos (+4,1%).
Produção de aves e ovos
O volume de frango diminuiu 5,9%, com uma produção de 26 041 toneladas (-17,0% em abril), resultante de um peso médio ao abate significativamente mais baixo, uma vez que em número de cabeças a produção registou um acréscimo de 2,9% (-13,9% em abril). A produção de ovos de galinha para consumo apresentou uma redução de 12,6% (-4,5% em abril), não tendo ultrapassado as 8 506 toneladas.
Produção de leite e produtos lácteos
A recolha de leite de vaca foi 176,2 mil toneladas, um ligeiro aumento (+0,5%) em relação ao seu homólogo (+0,1% em abril). O volume de produtos lácteos representou praticamente uma manutenção, com uma variação de apenas mais 0,1% (-2,9% em abril).
Pescado capturado
O volume de capturas de pescado em Portugal aumentou 19,2% (+72,8% em abril), justificado pela maior captura de peixes marinhos (sobretudo sardinha), mas também de moluscos e crustáceos. Às 10 605 toneladas de pescado correspondeu uma receita de 25 972 mil euros, valor que representou igualmente um acréscimo de 29,4% (+61,5% em abril). O preço médio do pescado descarregado foi 2,33 Euros/kg, representando um acréscimo de 8,0% (-7,7% em abril).
Preços e índices de preços agrícolas
Em junho de 2021, as variações mais significativas, no índice de preços de produtos agrícolas no produtor, foram observadas na batata (+97,0%), suínos (+25,8%), azeite a granel (+20,9%), ovos (+15,0%), aves de capoeira (+14,5%) e ovinos e caprinos (+11,9%).
Em comparação com o mês anterior, as variações de maior amplitude verificaram-se no azeite a granel (+9,1%), bovinos (-24,2%) e batata (-9,1%).
Em março de 2021 , o índice de preços de bens e serviços de consumo corrente (INPUT I) registou uma variação positiva de 4,4% e o índice de preços de bens e serviços de investimento (INPUT II) aumentou 1,8%. Relativamente ao mês anterior, assistiu-se a um aumento de 1,4% no índice de preços de bens e serviços de consumo corrente, enquanto que no índice de preços de bens e serviços de investimento não se observou qualquer variação.