Previsões Agrícolas
As previsões agrícolas, em 30 de abril, apontam para aumentos de 10%, face à campanha anterior, na produtividade do trigo, triticale, cevada e aveia. No centeio o rendimento unitário deverá manter-se próximo dos níveis alcançados no ano passado. Quanto às culturas de primavera/verão, a instalação foi frequentemente dificultada pela forte precipitação, conduzindo a atrasos nos terrenos com pior capacidade de drenagem. No arroz, a manutenção das obras de reabilitação no Aproveitamento Hidroagrícola do Vale do Sado continuou a impedir a utilização de cerca de 3 mil hectares de canteiros, prevendo-se que a área semeada desta cultura fique 8% aquém da média do último quinquénio. Já no tomate para a indústria, os dados da contratação entre a indústria transformadora e os produtores apontam para um aumento de 20% na área plantada, face à campanha anterior. No girassol e na batata, as áreas deverão ser semelhantes às de 2020.
Nos pomares, realce para o início da colheita das variedades precoces de cereja. A polinização/vingamento decorreu com condições meteorológicas favoráveis, pelo que, após uma das piores campanhas das últimas três décadas, esta cultura deverá retomar níveis de produtividade acima das 3 toneladas por hectare.
Gado, aves e coelhos abatidos
O peso limpo total de gado abatido e aprovado para consumo em março de 2021 foi 45 171 toneladas, o que correspondeu a um acréscimo de 9,1% (+2,1% em fevereiro), devido ao maior volume de abate registado em todas as espécies: bovinos (+8,2%), suínos (+5,8%), ovinos (+128,5%), caprinos (+350,0%) e equídeos (+500,0%). O peso limpo total de aves e coelhos abatidos e aprovados para consumo foi 31 055 toneladas, o que representou um acréscimo de 2,5% (-4,6% em fevereiro), devido ao maior volume de abate registado nos galináceos (+0,7%), perus (+17,0%) e codornizes (+48,2%).
Produção de aves e ovos
A quantidade de frango diminuiu 17,8%, com uma produção de 22 038 toneladas (+0,5% em fevereiro), tendo registado um decréscimo de 18,8% em número de cabeças (-2,3% em fevereiro). A produção de ovos de galinha para consumo apresentou também uma redução de 7,9% (-11,4% em fevereiro), não tendo ultrapassado as 9 739 toneladas.
Produção de leite e produtos lácteos
A recolha de leite de vaca foi 169,5 mil toneladas correspondente a um decréscimo de 1,5% (-3,4% em fevereiro). O volume de produtos lácteos teve uma ligeira redução de 0,8% (-5,9% em fevereiro), devido sobretudo à menor produção de leite para consumo (-4,5%), tendo a manteiga e o leite em pó registado produções inferiores (-0,4% e -6,2%, respetivamente).
Pescado capturado
O volume de capturas de pescado em Portugal aumentou 55,0% (-26,3% em fevereiro), justificado pela maior captura de peixes marinhos (sobretudo carapau, atuns e peixe-espada), mas também de moluscos e crustáceos. Às 7 348 toneladas de pescado correspondeu uma receita de 27 804 mil euros, valor que representou igualmente um acréscimo de 79,4% (-22,0% em fevereiro). O preço médio do pescado descarregado foi 3,67 Euros/kg, ou seja, um aumento de 16,7% (+7,1% em fevereiro).
Preços e índices de preços agrícolas
Em abril de 2021, as variações mais significativas, em módulo, no índice de preços de produtos agrícolas no produtor, foram observadas nas aves de capoeira (+34,8%), frutos (+27,1%), azeite a granel (+25,5%), batata (+22,8%), flores (+14,8%) e ovinos e caprinos (+12,8%).
Em comparação com o mês anterior, as variações de maior amplitude verificaram-se nos suínos e aves de capoeira (ambos com +11,4%), azeite a granel (+7,8%) e hortícolas frescos (-7,6%).
Em março de 2021, o índice de preços de bens e serviços de consumo corrente (INPUT I) registou uma variação positiva de 4,4% e o índice de preços de bens e serviços de investimento (INPUT II) aumentou 1,8%. Relativamente ao mês anterior, assistiu-se a um aumento de 1,4% no índice de preços de bens e serviços de consumo corrente, enquanto que no índice de preços de bens e serviços de investimento não se observou qualquer variação.