Mercado Europeu
O mercado encontra-se num período que não está a ser regulado pelas leis da oferta e da procura, mas pelo sentido apontado pelos matadouros e pela sensibilidade dos produtores. Com efeito, o mercado espanhol vê-se obrigado a nivelar os preços com os que estão a ser praticados no resto da Europa e até com o preço interno chinês que vem em queda livre há vários meses.
O sentido e a sensibilidade do mercado espanhol explica-se pela dificuldade que os matadouros estão a ter na competitividade para a exportação e, simultaneamente, na dificuldade em escoar no mercado interno a carne que não é exportada.
Vejamos então o que nos indicam as diversas Bolsas europeias para esta semana:
Analisando estes valores, segundo equivalências teóricas, teremos em euros/kg peso vivo para a semana 27/2021 (05/07 a 09/07): Espanha 1,46; França 1,27; Alemanha 1,15; Holanda 1,11; Bélgica 1,12; Dinamarca 1,28.
Tendência Geral
A situação do mercado é facilmente resumida: os pesos de abate e a oferta continuam a baixar, mas também baixa o número de abates e a razão é única: a carne, que nenhum matadouro quer congelar aos preços atuais e o mercado interno não tem capacidade de absorver.
No Brasil assiste-se também a uma fraca procura interna, ao passo que os EUA mantêm-se com os preços mais altos do que os praticados na Europa.
Já na China, os preços estão agora a níveis pré-PSA, os mais baixos desde 2018. Não significa que a China vá deixar de importar, significa, sim, que vai deixar de importar a preços altos.