MERCADO EUROPEU
Os matadouros sentem-se na obrigação de aplicar a sazonalidade ao preço da carne fazendo descer os preços e, ao mesmo tempo, os produtores tentam manter os preços porque a oferta continua baixa. Junta-se a fome (da carne) à vontade de comer (dos porcos) e isto causa uma situação de delicada gestão para os matadouros porque procura abater menos para forçar a descida dos porcos, mas precisa de abater mais para fazer face ao aumento da procura chinesa que se começou a sentir na última semana.
Vejamos então o que nos indicam as diversas Bolsas europeias para esta semana:
Analisando estes valores, segundo equivalências teóricas, teremos em euros/kg peso vivo para a semana 43/2022 (24/10 a 28/10): Espanha 1,70; França 1,71; Alemanha 1,49; Países Baixos 1,49; Bélgica 1,50; Dinamarca 1,46.
Tendência Geral:
As exportações alemãs de carne de porco (incluindo subprodutos) caíram -13,7% nos primeiros oito meses de 2022 em comparação com o mesmo período de 2021 e, enquanto as remessas para o resto da UE caíram -8,9%, as remessas para fora da UE caíram -31,4%.
Assim, do total exportado, 83% foi destinado a outros países da UE: em 2020, representavam 57%. O cliente mais importante agora é a Itália, com uma queda anual de -10%. De facto, quase nenhum país da UE comprou mais carne suína alemã em 2022; a única exceção é a Bélgica. Fora da UE, o cliente mais importante é o Reino Unido (-14%).
A causa deste declínio global das exportações alemãs é, por um lado, a diminuição do efetivo suinícola na Alemanha, o que leva a uma menor quantidade de carne produzida que pode ser exportada, e por outro lado, os embargos de países terceiros devido à PSA (até setembro de 2020, o mercado asiático era um dos maiores compradores de carne suína da Alemanha).
Fonte: FPAS