Já foram destruídos mais de seis mil hectares de floresta e a autarquia pede que seja decretada situação de calamidade, tal como vai acontecer na Serra da Estrela.
Os incêndios de Ourém estão em resolução mas a vigilância no terreno mantém-se, já que têm existido reativações todos os dias.
A localidade de Cisterna, por onde o fogo já andou, fica precisamente na zona onde têm surgido todos os focos de incêndio e reativações.
Em Cisterna, ou em localidades como Matas e Cercal, Ninho de Águia e Espite, por mais que os incêndios fiquem controlados,
as autoridades sabem que no dia seguinte, à mesma hora, tudo pode dar um passo atrás.
“O modus operandi é mais ou menos o mesmo: por volta das 15:00, à beira das estradas e em locais opostos a outros incêndios que estão em fase de consolidação”, disse o presidente da Câmara Municipal de Ourém, Luís Albuquerque.
Só este ano, foram contabilizadas mais de 80 ignições em Ourém. O fogo já esteve muito perto de casas e em Caxarias chegou a ameaçar a zona industrial.
A autarquia quer, à semelhança do que vai acontecer nos concelhos da Serra da Estrela, que seja decretada situação de calamidade.
A informação que nós temos é que a maior parte destes incêndios são todos de origem intencional e isso preocupa-nos muito.
Setenta por cento da área de Ourém é floresta e seis mil hectares já foram queimados.