O cabaz alimentar, definido pela ASAE para calcular a evolução dos preços, aumentou quase 29% desde 2022 e até fevereiro deste ano para 96,44 euros, foi hoje anunciado.
“Em janeiro de 2022 estava em 74,90 euros e agora [fevereiro] está em 96,44 euros”, indicou o Inspetor-geral da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), Pedro Portugal Gaspar, que falava numa conferência de imprensa, no Ministério da Economia e do Mar, em Lisboa. Estes valores representam um aumento de 28,76%.
O cabaz da ASAE é composto por bens essenciais, nomeadamente peixe, carne, legumes, frutas, massas, arroz, azeite, óleo, ovos açúcar, leite, pão e farinha.
O ministro da Economia, António Costa Silva, prometeu hoje ser “inflexível” para com todas as situações anómalas verificadas neste setor.
Segundo os dados avançados na mesma conferência de imprensa, a ASAE realizou, desde o segundo semestre de 2022, mais de 960 ações de fiscalização e hoje vai iniciar uma nova operação, em todo o país, com as suas 38 brigadas.
Conforme detalhou Pedro Portugal Gaspar, ao longo do ano, verificou-se uma tendência de aumento, ainda que com “estabilidade entre junho e setembro”, de 88,09 euros a 88,28 euros, sendo que, a partir do último trimestre de 2020, houve uma nova subida do preço.
O valor mais baixo deste cabaz verificou-se mesmo em janeiro de 2022, quando custava 74,90 euros, passando para 88,09 euros em junho do mesmo ano.
Já o preço mais elevado foi apurado em fevereiro de 2023.
Os relatórios mensais da ASAE destinam-se a verificar as condições de abastecimento, despistando eventuais ruturas de ‘stock’, a evolução dos preços, bem como a apurar se há indícios da prática de lucro ilegítimo.
No dia 01 de março, 38 brigadas envolvendo 80 inspetores da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) estiveram no terreno a fiscalizar os preços dos bens alimentares nos híper e supermercados, face ao aumento de 21,1% do cabaz básico no último ano, mais do dobro da inflação.