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– 18-03-2014 |
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Cabo Verde e Guiné-Bissau beneficiados com apoio da FAO e do Japão
Cabo Verde, Guiné-Bissau, Gâmbia e Senegal são os quatro países da África Ocidental que vão beneficiar de um projecto regional de apoio de emergência para reforçar os meios de subsistência das populações mais vulneráveis. Numa nota, a representação em Cabo Verde do Fundo das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) adianta hoje que o projecto, em que também participa o Japão, é orçado em dois milhões de dólares (1,48 milhões de euros), e destina-se ao sector agrícola, sobretudo às famílias que dependem da agricultura de pequena escala. Segundo o documento, o projecto visa fornecer aos agricultores e criadores de gado ferramentas para reconstruir a sua actividade, implementar as melhores práticas e técnicas de produção de forma a aumentar a competitividade, restaurar a segurança alimentar e diminuir a vulnerabilidade. A FAO indica, por outro lado, que o desafio da segurança alimentar na África Ocidental e no Sahel é "muito complexo" e que milhões de pessoas são afetadas pela má nutrição. "O sector agrícola desempenha um papel preponderante na África Ocidental. A maioria das famílias depende de agricultura de pequena escala, a principal fonte de subsistência, com as mulheres a desempenharem um papel importante na produção, transformação e comercialização dos produtos agrícolas", lê-se na nota. Estas populações, prossegue a nota, são confrontadas diariamente com novos desafios, entre eles as crises humanitárias "devastadoras", "dificuldades" no acesso aos mercados e "flutuações de preços" nos mercados globais e regionais. São afetadas igualmente pela "degradação" ambiental, mudanças climáticas e pelo "alto crescimento" demográfico, com "impactos importantes" na organização, dinâmica e viabilidade dos seus sistemas de produção. A FAO estima que, em 2014, 20 milhões de pessoas vão estar ainda sob risco de insegurança alimentar e nutricional, e cinco milhões de crianças em risco de mal nutrição aguda. Em Cabo Verde, a agricultura está a passar por mudanças resultantes de investimentos feitos pelo Governo nos domínios dos recursos hídricos e da mobilização de terras cultiváveis sob irrigação, sobretudo através da construção de barragens, que permitem reter as águas pluviais. Fonte: Lusa
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