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– 11-03-2014 |
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Cabo Verde tem utilizado bem os fundos da cooperação portuguesa, diz Assunção Cristas
Cabo Verde tem utilizado bem os recursos financeiros disponibilizados pela Cooperação Portuguesa no sector das infraestruturas marítimas e agrícolas, disse hoje à agência Lusa a ministra da Agricultura e do Mar de Portugal. Assunção Cristas, que cumpre hoje o segundo e último dia de uma visita de trabalho a Cabo Verde, salientou nesse sentido a construção ou ampliação dos portos, sobretudo o da Cidade da Praia, e a edificação, de raiz, de barragens para reter as águas pluviais em benefício, a jusante, da agricultura local. "É um balanço muitíssimo positivo. Fizemos (segunda-feira) uma visita intensa ao terreno, centrada em duas áreas, as infraestruturas de regadio, construídas ao longo destes anos ao abrigo de linhas de crédito portuguesas, barragens para retenção e armazenagem da água pluvial, que depois é encaminhada para a agricultura", salientou. Assunção Cristas salientou, por isso, a disponibilidade portuguesa para continuar a apoiar Cabo Verde na agricultura, sector em que há "muito" para cooperar. Este sector está, aliás, em foco na visita de Assunção Cristas, que assina hoje um protocolo de cooperação com Cabo Verde ligado a tudo o que tem a ver com regadio – partilha de conhecimentos, capacitação da administração, uso eficiente de água e modelo institucional para o funcionamento das estruturas de regadio. No mesmo sector, será assinado um segundo protocolo, ligado à segurança alimentar, para ajudar na capacitação, troca de experiência de laboratórios e prestação laboratorial de serviços nas vertentes vegetal e animal. Outra área de cooperação, embora sem protocolo, está mais virada para a investigação agrícola, como a produção de sementes e o centro de hidroponia, em quer Portugal, disse a ministra portuguesa, tem uma "vastíssima experiência". Segunda-feira, "fizemos várias visitas ao terreno que atestam o trabalho que tem sido desenvolvido por Cabo Verde. Há o entusiasmo com que está a apostar num sector em que aparecem muitos jovens, atraídos pela possibilidade de fazer uma agricultura diferente, com água, mais estável e com maior garantir de sustentabilidade e de retorno financeiro", salientou. Assunção Cristas salientou à Lusa o "grande interesse" da sua homóloga cabo-verdiana, Eva Ortet, em "beber da experiência portuguesa" também na área agroalimentar, no acrescento de valor que traz a transformação e o processamento. "Trago o convite da SKAN (Sharing Knowledge Agrifood Network), uma rede de investigação criada recentemente em Portugal, com cinco instituições portugueses, para que as universidades e os institutos de investigação cabo-verdianos se possam associar. Temos um grande conhecimento na agricultura tropical, gente sabedora e um bom repositório bibliográfico e queremos por esse conhecimento ao serviço do desenvolvimento nos países africanos de expressão portuguesa", acrescentou. A Cooperação Portuguesa, acentuou, terá agora um novo fôlego institucional, com o convite de associação à SKAN e com uma visita que Eva Ortet fará a Portugal para se inteirar da evolução da agricultura no país. "Para nós, Cabo Verde é um exemplo de resiliência, esforço e combatividade, pois é um país que não tem rios e que tem muitas captações de água com risco de salinização. Ver esse trabalho, mostra uma grande vontade de vencer os obstáculos naturais, como a escassez de água, e de aproveitar, por outro lado, as vantagens naturais, o sol e os dias com grande luminosidade. Se Cabo Verde conseguir ter água, pode ambicionar a produzir para o mercado nacional e até mesmo exportar", afirmou. Sobre a inauguração oficial, a meio da manhã de hoje, do remodelado e ampliado porto da Cidade da Praia, financiado por linhas de crédito portuguesas, Assunção Cristas considerou-o um projecto "muitíssimo significativo". "Faz parte de uma área temática que os dois países têm em comum, que é a ambição de desenvolver toda a Economia do Mar, transversal a muitos sectores, mas que tem nos portos uma área muito importante para o desenvolvimento, sobretudo no comércio internacional de mercadorias", concluiu. Fonte: Lusa
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