Câmara de Bragança exige manutenção de laboratório de apoio à agropecuária

 

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 –  25-02-2014

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Câmara de Bragança exige manutenção de laboratório de apoio à agropecuária

A Câmara de Bragança aprovou uma moção a reclamar a manutenção em Mirandela do laboratório de apoio à actividade agropecuária depois de o Governo ter anunciado que as análises vão ser concentradas na zona do Porto.

A iniciativa partiu dos vereadores do Partido Socialista, Vitor Pereira e André Novo, e foi aprovada por unanimidade com os votos favoráveis da maioria social-democrata liderada pelo presidente Hernâni Dias, e do vereador independente Humberto Rocha, divulgaram hoje os promotores.

"Exigimos ao Governo a manutenção do referido serviço no local onde foi inicialmente implantado em 2006", lê-se na moção que vai ser enviada aos grupos parlamentares, ao primeiro-ministro, à ministra da Agricultura e ao director regional de agricultura.

O Governo confirmou que dentro de pouco mais de um mês, o laboratório instalado há oito anos, em Mirandela, deixará de fazer análises e permanecerá nesta região uma estrutura "virada para o azeite".

A decisão tem gerado contestação a nível local a que se junta a moção aprovada agora em reunião da Câmara de Bragança e que realça que "este serviço é de grande importância para a defesa e incremento das raças autóctones, como a Mirandesa e porco Bísaro, cabrito de Montesinho, Churra Galega, Barrosã, Baronesa e outras".

O laboratório realizava cerca de 380 mil análises por ano e abrangia um universo de 12 organizações pecuárias e 11 mil produtores.

Na moção, os subscritores alertam para a idade avançada dos agricultores da região e consideram que "a retirada deste serviço vai onerar de forma significativa a produção e criação de gado".

O documento lembra ainda que "o sector agropecuário constituiu uma mais-valia para a criação de riqueza e fixação de pessoas" na região e aponta que "decisões desta índole manifestam uma falta de respeito por produtores, criadores, agricultores e gentes" de Trás-os-Montes.

"Esta retirada de serviços em nada ajuda à coesão social, à fixação de pessoas e ao povoamento de um território já por si considerado de baixa densidade, empobrecido e abandonado pelos sucessivos governos", conclui.

Fonte:  Lusa


Apontadores relacionados:

Artigos

  • AgroNotícias (05/02/2014) – Governo reestrutura laboratórios do Estado e admite fechar serviços

Sítios

  • Câmara Municipal de Bragança


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