
– Textura
Está relacionada com a intensidade da transição entre as camadas de crescimento anuais e a sua proporção. Voltando ao exemplo anterior, a criptoméria tem uma textura uniforme, com camadas estreitas e madeira relativamente homogénea, enquanto o carvalho tem uma textura desigual, com camadas de crescimento bem distintas e raios lenhosos.
– Fio
Deriva do arranjo longitudinal das fibras (relativamente ao eixo do tronco) e há madeiras com fio regular -reto ou quase reto, e outras com fio irregular – ondulado, cruzado, espiralado ou torcido.
Conhecer o tipo de fio permite antecipar como a madeira se comportará no desenrolamento (quando se desenrolam os toros para obter pranchas ou folhas de madeira) ou na serragem, pois fios irregulares dificultam estes trabalhos.
Por exemplo, o eucalipto comum em Portugal, se for cultivado em condições adversas de stress hídrico (carência de água) e em local isolado, tem tendência para formar fio espiralado, frequentemente cruzado e ondulado, o que torna a sua serragem e desenrolamento difíceis, dando origem a fendas e rachas na madeira.
Já a nogueira (Juglans regia) tem predominância de apresentar um fio direito, que facilita este tipo de trabalhos de transformação tecnológica.
O artigo foi publicado originalmente em Florestas.pt.