Carne de Caça maior voltou hoje a ser transformada e comercializada em Portugal

Por ocasião do reinício da transformação e comercialização em Portugal da carne de caça maior, teve hoje lugar uma importante reunião de trabalho no matadouro da PEC-Nordeste em Penafiel, reunindo a Directora-Geral de Alimentação e Veterinária Susana Pombo e a Directora dos Serviços regionais do Norte da DGAV Elsa Machado, a Directora regional do Norte do ICNF Sandra Sarmento, o Presidente e o Vice-Presidente do Clube Português de Monteiros (CPM) Artur Torres Pereira e Nelson Neves, a professora e investigadora da UTAD Madalena Vieira Pinto, o Presidente da Tapada Nacional de Mafra Carlos Pais, o director da empresa Rijofrap, Lda. Ricardo Francisco Pereira, o Presidente do Conselho de administração da PEC-Nordeste Idalino Leão e o responsável da sua equipa para esta área Eng. Vitor Gonçalves. Deu frutos o trabalho de mais de um ano levado a cabo pelo Clube Português de Monteiros (CPM), apoiado cientificamente pela UTAD e pela Universidade de Lisboa no âmbito do Projecto C3C (Caça – Capacitação, Competitividade e Comunicação), para que a carne de caça abatida em Portugal voltasse a ser transformada e comercializada no nosso país, garantindo-se assim as condições para que a sua saída para transformação em Espanha, que ocorre há anos, possa cessar, e que os milhões de euros que ela representa sejam finalmente canalizados para a economia do nosso país.

Não foi fácil. Definidas as bases estratégicas deste processo, foi preciso garantir os parceiros operacionais mais credíveis e experimentados e a coordenação de todos eles.

Por um lado, eram necessárias a logística e as infraestruturas indispensáveis para a recepção, processamento e transformação das reses, bem como o fatiamento, a embalagem e a posterior venda em todo o país (e, no futuro, no estrangeiro) dos diversos produtos finais. Não poderia ter havido melhor opção que a PEC-NORDESTE- Indústria de Produtos Pecuários do Norte, SA, detentora do Matadouro de Penafiel, cuja administração, após várias reuniões de trabalho prévias com o CPM, fez seus os objectivos traçados e definiu os trabalhos de adaptação indispensáveis para a operacionalidade do Matadouro no manuseamento e no tratamento de carne de caça. A visão estratégica do Presidente Idalino Leão foi essencial.

A DGAV foi inexcedível nas sugestões, nos conselhos e no acompanhamento para que os indispensáveis licenciamentos tivessem ocorrido. É-lhe devida a nossa gratidão, que manifestamos à Directora-geral Susana Pombo e ao Subdirector-geral Miguel Cardo.

Por outro lado, não poderia haver actividade sem a disponibilização da matéria-prima em qualidade e em quantidade. Aqui foi fundamental desde o início o envolvimento e a participação no projecto de Ricardo Francisco Pereira e da sua empresa RIJOFRAP, os maiores especialistas portugueses na recolha e encaminhamento de carne de caça abatida em actos de caça maior.

Ao fim de meses de trabalho, hoje chegou finalmente o dia em que as primeiras reses provenientes de duas das mais emblemáticas propriedades portuguesas – os javalis cobrados na Companhia das Lezírias na montaria de 26 de Janeiro em que foi celebrado o 40º aniversário do CPM, e os gamos cobrados de aproximação na Tapada Nacional de Mafra – foram transportados para o Matadouro de Penafiel e lá transformados com inexcedíveis rigor e qualidade, para posterior venda da carne processada e embalada.

O futuro já não está em Espanha mas sim nas mãos dos caçadores e dos empresários portugueses. O “pontapé de saída” está dado: concretizou-se finalmente o sonho do sector de ver reactivada a comercialização de carne de caça em Portugal!

Fonte: Clube Português de Monteiros


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